SINDSEF e mais de 20 entidades levam multidão às ruas de Porto Velho contra reformas
Mais de cinco mil trabalhadores de diversos seguimentos do serviço público e da iniciativa privada aderiram ao ato contra as reformas da previdência e trabalhista, em Porto Velho, na manhã desta sexta-feira (28), segundo estimativa das entidades que compõem o Fetraron (Fórum de Entidades dos Trabalhadores de Rondônia que coordenaram a paralisação geral no estado de Rondônia), dentre elas, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia – SINDSEF.
A manifestação na capital contou a participação de caravanas de Guajará-Mirim, Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste. A concentração ocorreu na Praça das Três Caixas D’Água, de onde saiu em passeata pelas principais ruas do centro.
Também foram registrados protestos contra as medidas do Governo de Michel Temer, em Ji-Paraná (com participação de Alvorada e Presidente Médici), Ouro Preto, Jaru, Machadinho D’Oeste e Ariquemes.
De acordo com o presidente do SINDSEF, Abson Praxedes, o movimento foi realizado de forma independente pelas entidades, sem extensão com partidos políticos ou com o governo. “Esse é um movimento do povo contra as reformas”, disse ao enfatizar a motivação das entidades frente ao ato de paralisação.
“Não podemos ficar calados e permitir que o Governo Federal simplesmente, em nome de uma crise criada por Ele mesmo e pelas grandes empresas multinacionais que compram o apoio de parlamentares do Congresso Nacional, retire nosso direito de se aposentar. É à hora da sociedade dar um basta nessas reformas dramáticas de efeito nocivo a nós brasileiros”, conclamou Abson.
O vice-presidente do SINDSEF, professor Mário Jorge de Oliveira, avaliou de forma positiva a adesão em massa dos trabalhadores que compareceram ao protesto. “Essa é a retomada de posição dos trabalhadores não vista há 20 anos. Hoje é um marco histórico para que a reforma da previdência não alcance o sucesso esperado pelo Governo de Michel Temer”. Mário acredita ainda que o ato conjunto entre todas as entidades sindicais possa dar um redirecionamento ao movimento sindical no país.
Herclus Coelho, secretário de Formação Sindical do SINDSEF, criticou a atitude do Governo Federal, que mais uma vez implanta mentiras e retira direitos dos trabalhadores. “Todos os trabalhadores serão atingidos, sem exceção. Inclusive os aposentados terão seus salários congelados, não terão as mesmas correções dos servidores ativos”, explicou ao alertar que a classe trabalhadora já começa a ter prejuízo a aprovação da reforma trabalhista. “Não podemos voltar no tempo, à única forma de tentar reverter é irmos para a luta”.
assessoria