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Servidores da CGU preocupados com possível extinção do órgão

 O Governo quer usar a reforma ministerial para acabar com a Controladoria-Geral da União. Utilizando-se da necessidade de redução das despesas do Governo Federal, querem acabar com o órgão central do Sistema de Controle Interno e do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal.

Nos últimos anos, a CGU expulsou do serviço público mais de 4 mil servidores por atos de corrupção, fiscalizou mais de 2.000 municípios, indo ao local, e atuou em operações conjuntas com a e o . Suas ações em busca da transparência dos gastos públicos possuem reconhecimento internacional, como o Portal da Transparência que ganhou em 2008 o prêmio UNODC de prevenção e combate à corrupção durante a II Conferência dos Estados-Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção e o Observatório da Despesa Pública, que em 2011, foi premiado pela ONU com o United Nations Public Service Awards que é o mais prestigioso reconhecimento internacional de excelência no serviço público.

Nos últimos dois anos a CGU tem enfrentando uma grave redução orçamentária, apesar de ter um dos menores orçamentos da Esplanada. Isso tem reduzido drasticamente o aporte financeiro do órgão o que tem refletido diretamente na atuação do órgão e, portanto, aberto um caminho para o aumento real da corrupção.

Analistas e técnicos da Controladoria Geral da (CGU) manifestam-se na data de hoje em protesto contra a possibilidade de extinção do órgão durante a ministerial prevista para ser anunciada nesta semana.

Os servidores estão mobilizados nas Regionais dos Estados e no órgão Central. Em Brasília fizeram uma marcha na manhã desta segunda feira em frente à sede do órgão e seguiram em passeata pela Esplanada dos Ministérios até o Palácio do Planalto, onde fizeram um ato. O grupo cantava “Dilma, recua, senão a culpa é sua”, além de cantar o hino nacional.

Diversos Chefes de Regionais da CGU assinaram termo se comprometendo a entregar os cargos de chefia se isso ocorrer. Das 26 Regionais existentes, em 20 delas, inclusive , todos os Chefes e Substitutos entregaram os cargos e os demais servidores assinaram termo se comprometendo a não assumi-los.
Segundo Valério Jordão Barbosa, Vice-Presidente do Sindicato dos Servidores da Controladoria-Geral da União – UNACON-RO, a medida tem um reflexo muito negativo e só interessa aos corruptos acabar com a CGU.

Ainda segundo Barbosa, a CGU representa apenas 0,05% das despesas da União, considerando seu orçamento total, enquanto que suas ações resultam em economia ou redução de desvios de recursos públicos, como por exemplo, o resultado do trabalho de auditoria da folha de pagamento do poder executivo federal, que resultou na economia de R$ 1,2 bilhão de reais, ao longo de cinco anos (2010 a 2014), que teriam sido pagos irregularmente a servidores públicos. O valor corresponde a mais de duzentas vezes o orçamento previsto para o órgão em 2015.
A quem interessa um controle fraco? A quem interessa esfacelar as funções de um órgão de controle? A quem interessa limitar a autonomia de um órgão de controle, senão aos corruptos!

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