Confúcio Moura ainda condenou a prática de migração partidária por conveniência
Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB-RO), único representante da bancada federal de Rondônia a apoiar abertamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atribuiu o enfraquecimento do MDB nas eleições locais ao avanço da extrema-direita na região.
“Em Rondônia, o MDB minguou na eleição passada. Devido, infelizmente, à obra de extrema direita que ainda move parte da nossa população”, afirmou Moura, ao comentar o contexto político atual.
Para o senador, o movimento de troca constante de partidos entre políticos brasileiros é outro fator que prejudica o fortalecimento das legendas e a construção de programas consistentes. Ele critica a prática, que considera comum e motivada por interesses imediatos, como a busca por recursos financeiros e vantagens eleitorais.
“Sair e entrar num partido no Brasil é corriqueiro. Isto significa falta de amadurecimento político”, observou, classificando essa prática como prejudicial para a democracia e para o crescimento dos partidos.
Confúcio contrastou essa realidade com o cenário de democracias mais maduras, onde a permanência dos políticos nas legendas ao longo de suas carreiras é uma norma.
“Nos Estados Unidos, quem é democrata é democrata. Quem é republicano é republicano”, pontuou Moura, defendendo que essa constância partidária é um sinal de compromisso com programas e causas. Ele argumentou que a instabilidade partidária no Brasil gera o que chamou de “farra ideológica”, algo que contribui para a fragilidade das instituições.
Ainda sobre o cenário político nacional, Moura destacou a preferência dos eleitores por uma postura política de centro, longe de radicalismos.
“O Brasil deu recado forte – não quer saber de polarização, negacionismo e fantasia conspiratória”, afirmou. Para ele, o MDB deve se posicionar dentro desse espectro de centro, de modo a oferecer uma alternativa estável para os eleitores.
Confúcio Moura reafirmou, por fim, seu compromisso com o MDB e sua lealdade ao partido, mantendo-se firme em sua escolha. “O meu partido é o MDB. Estou feliz e pronto”, declarou, enfatizando que sua relação com a legenda permanece sólida, independente de pressões ou tendências momentâneas.
CONFIRA:
O meu partido (MDB) é o meu partido
Por Confúcio Moura
Sair e entrar num partido no Brasil é corriqueiro. Isto significa falta de amadurecimento político. Busca de acomodação de última hora, saber se o partido tem dinheiro para campanha. E o mais desavergonhado: – quanto você me dá? E o cara sai à cata de mina de ouro e achando que isto sozinho lhe garantirá vitória. Eu não. Ninguém me convida para sair do MDB. Ninguém. Porque já sabe que não saio.
Eu me baseio nos países democráticos e desenvolvidos que têm partidos sólidos, pragmáticos e com programas e causas. Nos Estados Unidos quem é democrata é democrata. Quem é republicano é republicano. Quase sempre quem nasce num partido morre no mesmo partido. Assim também é na Inglaterra. E por aí vai. Esta farra ideológica significa atraso. Além do mais, partido no Brasil virou negócio rentável.
Em Rondônia o MDB minguou na eleição passada. Devido, infelizmente, à obra de extrema direita que ainda move parte da nossa população. Isto irá passar. O Brasil deu recado forte – não quer saber de polarização, negacionismo e fantasia conspiratória. No retrato das urnas prevaleceu o centro alargado, para direita e para esquerda. Ninguém come radicalismo. Nem discurso repetitivo e chato. O meu partido é o MDB. Estou feliz e pronto.
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