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Rondônia registra maior número de queimadas em quase uma década e meia, aponta Inpe

Estado contabiliza 7.282 focos de incêndio entre janeiro e setembro de 2024, o maior índice desde 2010

Estado contabiliza 7.282 focos de incêndio entre janeiro e setembro de 2024, o maior índice desde 2010

Porto Velho, RO – O mês de agosto de 2024 concentrou a maior parte dos focos de queimadas em Rondônia, com 68% do total anual. Foram 4.525 ocorrências no período, o que representou um aumento de 163% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando 1.715 focos foram registrados.

Rondônia atingiu 7.282 focos de incêndio entre janeiro e 5 de setembro de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este número é o maior registrado no estado desde 2010, quando foram contabilizados 7.293 focos no mesmo período, marcando uma diferença mínima em relação a 2024.

Porto Velho, a capital do estado, foi o município mais afetado pelas queimadas, com 2.337 focos, o que corresponde a 32% do total registrado em Rondônia. A seca severa, que já dura mais de três meses, também tem contribuído para a piora da qualidade do ar na cidade e em outras regiões.

O cenário de queimadas intensas em Rondônia ocorre em um contexto de estiagem prolongada, que resultou, pela primeira vez desde 1967, no nível do rio Madeira ficando abaixo de um metro. O estado enfrenta uma de suas maiores secas registradas, agravando as condições para o aumento dos incêndios.

O Inpe explica que os focos detectados por satélites de órbita precisam ter uma extensão mínima de 30 metros por 1 metro de largura. Já os satélites geoestacionários conseguem capturar áreas com o dobro dessas dimensões.

Os focos de queimadas observados em Rondônia em 2024 representam um aumento de 169% em relação ao mesmo período do ano anterior, que teve 2.704 ocorrências. Este salto ocorre em um cenário de seca prolongada, que tem afetado a região Norte do país.

A qualidade do ar em Porto Velho tem sido uma das piores do país. A plataforma de monitoramento IQAir aponta que a concentração de PM2,5 na capital é 31,2 vezes superior ao valor recomendado anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A presença de fumaça encobre o estado há mais de um mês, substituindo o céu azul por uma névoa cinzenta, alterando a paisagem descrita no hino estadual.

No ranking nacional, Rondônia ocupa a sétima posição entre os estados com mais focos de incêndio em 2024, com a maioria dos estados mais atingidos situados na região Norte do Brasil.

 

 

 

 

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