Rondônia e Amazonas – Disputas políticas sobre pavimentação da BR-319 em meio à crise hídrica
Marina Silva destacou que a decisão deve ser baseada em critérios técnicos
Marina Silva destacou que a decisão deve ser baseada em critérios técnicos
Porto Velho, RO – De acordo com o portal Diálogo Chino, rios de difícil navegação estão no centro de controvérsias antigas, uma vez que políticos locais pressionam por avanços na pavimentação da rodovia BR-319. A questão da modernização da rota, que liga os estados de Rondônia e Amazonas, é um tema recorrente na agenda política desde sua construção na década de 1970. Entretanto, a iniciativa gera preocupações entre comunidades indígenas e ambientalistas devido aos riscos socioambientais associados.
Parte da rodovia BR-319 já está pavimentada, conectando os estados do Amazonas e Rondônia. Atualmente, a seca e a interrupção da navegação fluvial têm impulsionado as pressões políticas para continuar a pavimentação da estrada. No entanto, essa proposta enfrenta resistência por parte de comunidades indígenas e ambientalistas, que alertam sobre questões como grilagem de terras e desmatamento ilegal nas proximidades da BR-319.
Em relação às respostas das autoridades à emergência da seca na região, em reuniões sobre o assunto, autoridades do governo federal têm evitado compromissos definitivos sobre a pavimentação da BR-319. Marina Silva destacou que a decisão deve ser baseada em critérios técnicos, em vez de motivações políticas, enquanto o vice-presidente, Geraldo Alckmin, anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar a viabilidade da obra.
Alckmin também anunciou, em uma reunião realizada em 18 de outubro, o envio de R$ 647 milhões para mitigar os impactos da seca na Amazônia. Esses recursos seriam destinados a áreas como alimentação, abastecimento de água, controle de doenças relacionadas à água e a dragagem de rios. Mariazinha Baré, uma das vozes contrárias à pavimentação da BR-319, informou que esses recursos começaram a chegar apenas recentemente, principalmente por meio do envio de cestas básicas a locais mais afetados, quase dois meses após o início da emergência hídrica.
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