Resenha política-Robson Oliveira
Reeleição
Na política e na medicina há uma máxima que diz: nem nunca nem sempre. Em outubro teremos eleições municipais no país e a situação atual da maioria dos prefeitos que disputa a reeleição é complicada, uma vez que as pesquisas indicam que são poucos os que estão de bem com os eleitores. Em Porto Velho, capital com os piores índices de qualidade de vida, Mauro Nazif entra no último ano de mandato sem uma obra importante para apresentar como marca da administração. Aliás, a marca que se constata é da pior qualidade. Como na política quanto na medicina nada é impossível, Nazif pode até conseguir a reeleição, mas o município não merece um prefeito tão ruim por mais quatro anos.
Gargalos
Ao assumir, Dr. Mauro anunciava uma administração moderna, ágil e competente. Hoje, após três anos, constatamos uma gestão ultrapassada, lenta e sem criatividade. Os gargalos herdados a exemplo dos transportes coletivos, viadutos, saneamento básico, entre outros, continuam tão velhos quanto há três anos. Desta relação, apenas a contratação dos transportes coletivos foi executada, ainda assim sob críticas e muita controvérsia.
Epílogo
O confronto entre policiais militares e desempregados dos transportes coletivos ocorrido no domingo passado, na capital, embora noticiado de forma discreta na mídia local, sinaliza para uma nova postura de atuação da corporação no trato com os movimentos populares. Trocando em miúdos: parece que o governo optou pelas bombas e cassetetes ao invés de dialogar. Um filme com final já conhecido por quem conhece os bastidores da política.
Índices
Embora esta coluna seja muito crítica ao Governo Estadual por apontar muitos desacertos políticos, é impossível deixar de elogiar os índices positivos macroeconômicos ostentados por Rondônia na medida em que a maioria dos estados enfrenta uma crise enorme em suas receitas. Também merece reconhecimento o equilíbrio fiscal, trabalho solitário e competente de Wagner Garcia, Secretário de Finanças.
Cárcere
Todos os diagnósticos relativos ao sistema carcerário brasileiro apontam para o exaurimento de um sistema perverso que não cumpre com as finalidades da lei de execução penal, seja por incapacidade dos governos na melhoria do sistema, seja por incapacidade dos nossos legisladores em adequar a lei à realidade. Razão pela qual a situação do sistema prisional brasileiro foi um dos temas mais discutidos pelo Supremo Tribunal Federal em 2015. Em um dos processos julgados pela corte, os ministros decidiram por assegurar direitos fundamentais dos detentos. Houve também o deferimento de liminar em Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental determinando a adoção de diversas providências. Dois outros processos sobre a matéria também tiveram a análise iniciada em 2015 e o julgamento está suspenso por pedidos de vista. Diagnósticos sobre o problema existem, o que não há é vontade política para resolver a questão. O sistema prisional de Rondônia é uma bomba a ser acionada!
Trágico
Os tucanos se regozijavam com o inferno astral dos petistas após as descobertas dos malfeitos desvendados pela ‘operação Lava Jato’, que retirou dos petistas o monopólio dos atributos éticos. Agora, com as revelações de um alcaguete envolvendo o governo de FHC (PSDB) na lavagem dos escândalos da Petrobras, o contentamento dos petistas com o inferno astral tucano infesta as redes sociais. Os partidos políticos no país viram um só caso de polícia, o que é trágico para qualquer democracia, embora as desculpas dos envolvidos quando flagrados sejam cômicas.
Inferno
Falando em inferno astral, nas coxias da capital federal corre o fuxico de que a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros, está cada vez mais complicada. Novas revelações sobre supostos envolvimentos no propinoduto da Petrobras estão emergindo cada dia, o que dá certo alívio ao inferno de Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Quem imagina que vai parar por aí está enganado. Haja encrenca!
Posse
Está marcado para o dia 18 de fevereiro a posse da diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Rondônia. Um grande evento está programado para a data com a participação de dirigentes do Conselho Federal, além da presença de outros presidentes de seccionais.