Resenha Política II – Robson Oliveira
Uma portaria fraudada e publicada no Diário Oficial do Estado foi descoberta a tempo de impedir que um grupo colocasse em funcionamento um suposto esquema de malfeito numa complicada secretaria. Em fase de investigação, os operadores ocultos estão sendo monitorados e a qualquer momento o esquema vem à tona.
Arrecadador
Ninguém entende quais os motivos que levam um auditor fiscal a deixar as funções típicas de arrecadar impostos para assumir um cargo de confiança numa outra Secretaria de Estado totalmente diferente da origem. Mistérioooooooooooooo!!!
Bicudo
Um graduado assessor governamental anda dando chiliques nas entranhas do subterrâneo do palácio Vargas. Além dos fricotes, o rapaz entra em transe todas as vezes que as ordens não são imediatamente cumpridas. Ele grita pra quem quiser ouvir que faz e desfaz porque segue orientação das madrinhas e que defenestrou recentemente um assessor próximo do governador.
Campanha
Nos dois programas de TV dos candidatos a prefeito da capital nada de novo foi veiculado pelos mesmos e suas equipes de marketing. A mesmice tem sido a tônica de cada programa, exceção apenas para os âncoras.
Amadorismo
Como esta coluna havia antecipado meses atrás, agora confirmado, o programa do Dr. Mauro é um dos mais pesados: textos longos, iluminação precária, cenário pobre. O formato não agrada, como também não agrada a jovem utilizada como âncora: voz de adolescente e dicção de má compreensão.
Viés
Momentaneamente líder nas pesquisas, Lindomar Garçon apresentou um programa com boa iluminação, mas repete a mesma ladainha dos candidatos tradicionais e veiculou imagens de esgotos a céu aberto. A obviedade das críticas não justifica sua posição na liderança. A insistir com esse viés tende a despencar.
Noviça
A tucana Mariana Carvalho explora exaustivamente o slogan de candidata do “novo”. Pelo programa leva-nos à intuir que o “novo” é uma referência à idade. Realmente a menina candidata é jovem, bonita e bem articulada com as palavras. Falta, no entanto, conteúdo NOVO nas propostas que lhe garanta passar credibilidade. Ao persistir apenas com a ideia de noviça, passará ao eleitor a impressão de uma candidatura promissora para eleições futuras.
Degola
O que mais chama atenção no programa do PPS é que conseguiram desaparecer com o pescoço do candidato Mário Português. Demonstra a pouca familiaridade do editor com programas políticos. Aboletaram o Português numa cadeira que aumentou a circunferência da cabeça e alargou o avantajado tronco. A opção de colocar o candidato sentado fez com que o pescoço literalmente sumisse.
Derrota
Para piorar o programa do Português, colocaram no ar o mesmo quadro utilizado na campanha para governador quando K-Ola respondia perguntas de populares (contratados). Esse quadro não impediu que K-Ola fosse derrotado por Confúcio Moura. A salvação do programa fica por conta do profissionalismo da âncora que é da melhor qualidade.
Deficiência
Já o programa de Zé Augusto, no que pese a boa finalização, também não inovou e segue a mesma fórmula dos demais. O programa termina expondo a falta de carisma do candidato. Aliás, uma deficiência preponderante para quem tenta convencer o eleitor a votar em suas propostas.
Pesada
A petista Fátima Cleide apresentou o programa mais movimentado e também soube escolher uma boa profissional para ancorá-lo. Bem finalizado, texto conciso e cenário impecável. Já a experimentada candidata apresentou-se sem a desenvoltura e a leveza que encantou o eleitor quando se elegeu a senadora. Fátima, com aparência pesada no vídeo, ainda não conseguiu passar ao eleitor firmeza nos propósitos nem nas propostas.
Desistiu?
O jovem candidato Mário Sérgio (PMN) foi o único que não enviou à geradora dos programas eleitorais seus programas. Os motivos não foram explicados, mas nas coxias falam numa possível desistência da candidatura. Os candidatos a vereadores da sua coligação já desistiram de pedir votos para o candidato e muitos deles são vistos nos comitês eleitorais dos concorrentes.
Feijão com arroz
Aluísio Vidal (PSOL), provavelmente o candidato a prefeito mais modesto entre os concorrentes, conseguiu colocar no ar um programa simples, sem promessas e com a utopia que caracteriza ideologicamente o partido. No geral fez o que os marqueteiros denominam de feijão com arroz.
Emergentes
Tanto a candidata petista quanto a tucana têm em comum as roupas com as quais aparecem na TV. De marcas como “Dudalina” (grife da moda que veste os emergentes do país), elas usam modelos bem cortados e de cores vivas em sintonia com a estação do verão amazônico. Destoando do vestuário do pobre eleitor filmado todo suado nas periferias da cidade para que as imagens ilustrem os programas das candidatas bem vestidas.
Rasgando seda
Depois de anos afastados e com acusações pessoais mútuas, eis que o processo eleitoral conseguiu a proeza de selar as pazes entre a candidata do PT Fátima Cleide com o atual prefeito Roberto Sobrinho. Nas entrevistas concedidas, a candidata fala loas da administração portovelhense e do alcaide. Nada do que um resultado positivo nas pesquisas para que amizades rompidas sejam reatadas. Por enquanto…
Folclóricos
Dependendo apenas da aparição no programa eleitoral gratuito de rádio e TV dos candidatos à edilidade, dificilmente um deles seria eleito. Aparece cada figura que ajuda a afastar cada vez mais o eleitor do legislativo. Para tentar prender a atenção do eleitor faz todo tipo de presepada ou asneira. Esse folclore afeta cada vez a imagem desbotada do poder ao qual quer fazer parte. Dar pra contar nos dedos aqueles que tratam a política com algo sério.
Contencioso
Longe dos holofotes e distante do eleitor voltou a azedar as relações entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo. Quem conhece os meandros do contencioso diz que um grupo de deputados, liderados por seu presidente, ameaça abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos malfeitos de agentes públicos aboletados em cargos comissionados no Executivo estadual. Se existe algo concreto que justifique a ameaça deveriam investigar e denunciar eventuais culpados. Mas simplesmente ameaçar como forma de pressão leva a concluir que este contencioso possui motivação distinta das republicanas. E a história se repete…
Xerife
Quem careditava que com a saída da corregedora do CNJ, Eliana Calmon, as coisas voltariam como ‘dantes’ está completamente enganado. No próximo dia 6, toma posse no cargo de corregedor do CNJ o ministro Francisco Falcão, em substituição à “xerifa” Calmon . Quem conhece o novo corregedor garante que ele vai ser tão duro quanto a antecessora.
Controle
Aumentam as articulações, no Congresso Nacional, para a criação de um órgão destinado a fiscalizar as ações dos Tribunais de Contas dos Estados e Municípios. O que não vai faltar é trabalho para o novo órgão.
Confusão
A Nota Oficial divulgada pela Reitoria da Universidade Federal de Rondônia sobre o exame de Vestibular 2013 é mais confusa do que a confusão do calendário escolar após a greve dos Docentes. No penúltimo parágrafo assegura que o ingresso dos novos universitários será através do ENEM. No último, bem diferente da afirmação anterior, leva a dedução extamente ao contrário: exame de seleção própria. Aguardemos os esclarecimentos.
Fonte: Robson Oliveira