Privatizado há mais de um ano, melhorias no aeroporto de Porto Velho continuam sendo só uma promessa
Dois anos antes, já há pelo menos cinco nomes com chances de disputar a prefeitura da capital
Dois anos antes, já há pelo menos cinco nomes com chances de disputar a prefeitura da capital
OPINIÃO DE PRIMEIRA – Rondoniense que viaja eventualmente a Brasília não se contém e critica duramente não só os preços altos das passagens aéreas, mas também a falta de qualidade no aeroporto da Capital rondoniense como, ainda, do que chamou de “piores aeronaves” que as empresas colocam para atender os trechos que saem de Porto Velho, além de preços abusivos, que, ida e volta, podem chegar a mais de seis mil reias. Para ele, a Latam, Azul e Gol colocam para as rotas saindo daqui e vindo para cá, aviões sem qualquer estrutura de apoio ao passageiro, como wi-fi ou até carregadores para celular. Isso, é claro, sem contar que não há qualquer diversão a bordo, como TV ou filmes. Numa viagem à Capital Federal, por exemplo, com quase três horas de duração, os passageiros não têm qualquer passatempo, em aeronaves antigas e sem qualquer equipamento de modernidade para atender seus usuários. Nada menos do que 20 anos depois que aeroporto de Porto Velho passou a ser internacional, inclusive com autorização para aterrissagem de aeronaves que estejam em risco e precisem descer numa pista segura, a verdade é que muito pouco foi feito para que a prática tomasse lugar da promessa, em relação à qualidade do Jorge Teixeira. Mas, ao menos há esperança. Há pouco mais de um ano, o aeroporto foi privatizado e pertence hoje à Vince Airports, grupo francês, que administra mais de 50 aeroportos em onze países de três continentes. Há muitas promessas de melhorias, mas, ao menos até agora, elas não saíram do papel, embora os projetos estejam andando, embora lentamente.
A Vince Airports se torna, nesta questão, ao menos alguma luz no final do túnel. Há anúncios, por exemplo, de que em alguns meses devem começam as obras do segundo andar do aeroporto e da implantação do sistema de segurança e controle de passageiros e cargas, para a internacionalização real do Jorge Teixeira. Alguns equipamentos para o alfandegamento já estão no próprio aeroporto, embora não se saiba quando eles serão instalados na futura Delegacia da Polícia Federal e na estrutura da Receita Federal, que precisam ser implantadas. Quando estiver concluído o segundo piso, o sistema Elo, que conduz os passageiros da sala de embarque até a aeronave, será elevado, como ocorre na maioria dos aeroportos. Uma ampla sala para que os visitantes possam acompanhar pousos e decolagens também está projetado. Tudo está programado para os próximos dois anos. Será que vai mesmo acontecer ou teremos que esperar mais uma ou até duas décadas, como ocorreu com a internacionalização de 2002?
Dois anos antes, já há pelo menos cinco nomes com chances de disputar a prefeitura da capital
Está muito longe mesmo? De jeito nenhum. Neste país onde há eleições de dois em dois anos; em que há o jaboticaba de uma superestrutura da Justiça Eleitoral, que a cada eleição vai mudando as regras do jogo, a partir de decisões, algumas malucas, vindas do Congresso Nacional; em que a classe dominante quer é mais e mais eleição, agora com o dinheiro público jorrando, acabou uma disputa e já começa outra. A disputa pelas Prefeituras em todo o país já está na pauta, antes mesmo de que o novo Presidente da República e os novos congressistas recém eleitos assumam seus cargos. Em Porto Velho, por exemplo, já surgem vários nomes para a sucessão de Hildon Chaves. Pelo menos cinco personagens da nossa política começam a ser citados como possíveis postulantes ao Palácio Tancredo Neves: Mariana Carvalho, Léo Moraes, Mauro Nazif, Vinicius Miguel e, nos últimos tempos, tem surgido, bastante forte, o nome do deputado estadual reeleito Marcelo Cruz, bom de voto na Capital. Mas, claro, a relação apenas está começando. Vem muito mais gente por aí…
Ji-paraná também começa com nomes quentes para a corrida municipal de 2014
E na segunda maior cidade do Estado? Em Ji-Paraná também já começam a esquentar os tamborins para o samba eleitoral de 2024. Nomes não faltam para o rol dos prováveis concorrentes. Os grupos liderados pelos senadores Acir Gurgacz e Marcos Rogério ainda não têm nada definido, mas certamente o apoio desses peso-pesados da política ji-paranaense certamente terá grande influência, mais uma vez. O atual prefeito, Isaú Fonseca, obviamente buscará a reeleição. Embora ainda não fale sobre o o assunto, o ex-prefeito e ex-deputado Jesualdo Pires já está sendo pressionado por amigos e eleitores para que concorra novamente, ele que é considerado um dos melhores prefeitos da história da sua cidade. Nome quentíssimo também é o do deputado reeleito com a maior votação entre todos os candidatos à Assembleia, Laerte Gomes. Afonso Cândido é outro personagem da política (ele é ligado ao senador Marcos Rogério) que não pode ser descartado. Pelos partidos de esquerda, há outra opção: a da recém eleita deputada estadual Cláudia de Jesus, filha do ex-deputado federal de três mandatos Anselmo de Jesus. Em Jipa, também, a relação recém está se formando.
Seis dos oito deputados federais de Rondônia assinaram pela CPI do abuso de autoridade do STF e TSE
Expedito Netto, do PSD, que não se reelegeu, mas está na equipe de transição do governo Lula, e Mauro Nazif, do PSB, partido aliado ao novo time no poder não toparam assinar o pedido de CPI do Abuso de Autoridade, que já superou em muito o número mínimo de assinaturas para ser criada ainda este ano. Não vai dar em nada, é claro, mas ao menos é uma reação forte contra o que alguns ministros dos tribunais superiores – e principalmente Alexandre de Moraes – estão fazendo contra a Constituição brasileira e, por consequência, contra o país. Os demais membros da nossa bancada federal na Câmara fizeram questão de assinar o documento, pedindo a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Assinaram o coordenador da bancada federal, Lúcio Mosquini; Mariana Carvalho, Jaqueline Cassol, Silvia Cristina, Coronel Chrisóstomo e Léo Moraes. Até pelo pouco tempo que teria para funcionar, a CPI só será criada por milagre, ainda nesta Legislatura. Mas ao menos deixa plantada uma semente para que o novo Congresso, com ampla maioria bolsonarista, dê continuidade ao projeto.
Ação teve crimes ambientais, com mercúrio e diesel jogado no rio madeira, denunciam garimpeiros
“Queimar, destruir, da forma que aconteceu, foi a primeira vez na história do garimpo. É uma tristeza. Trouxemos alguns vídeos para que todos vejam como trataram as famílias dentro do Rio Madeira. Temos sim, que respeitar os órgãos competentes, mas temos uma Casa de Leis, temos uma Lei aprovada pelo presidente Alex Redano, a favor dos garimpeiros e um Decreto aprovado pelo governador Marcos Rocha. Essa operação veio de Brasília, ocorreu em nível nacional, mas acredito que está na hora de Rondônia olhar mais por esses pais de família, não falo apenas das autoridades locais, principalmente do Poder Judiciário, do Ministério Público Estadual e Federal. Porque o que aconteceu nesta última operação contra o garimpo no rio Madeira, não foi apenas uma ação agressiva, mas também um crime. Um crime ambiental, já que a destruição de dragas e balsas jogou mercúrio e óleo diesel no rio”. O texto entre aspas faz parte de mais que uma declaração e um lamento, mas também de um protesto do presidente da Comissão dos Garimpeiros de Rondônia, Francisco Apodi. Elas foram feitas durante audiência pública nesta semana, na Assembleia Legislativa, sobre o ataque de forças policiais que destruíram, queimaram e afundaram dragas e balsas no Madeira. O encontro, feito a partir do pedido do presidente Redano e do deputado Jesuino Boabaid, teve a presença de autoridades da Sedam. Todas as autoridades dos órgãos envolvidos na ação, ignoraram o convite e não compareceram. A má notícia aos garimpeiros, que são tratados como bandidos, é que, a partir de agora, com o novo governo do PT, a situação para eles vai piorar muito mais.
Ieda se une ao ministério público na guerra para acabar com a violência contra a mulher
A batalha em defesa das mulheres terá, a partir de agora, na Assembleia Legislativa, uma voz que já vem se destacando há muito tempo nesta guerra contra a violência contra elas. A deputada eleita Ieda Chaves, será, sem dúvida, uma voz forte e constante para esta espécie de tragédia brasileira, onde a truculência e os ataques contra as mulheres têm números estratosféricos. Mesmo antes de assumir seu mandato, o que somente ocorrerá em 1º de fevereiro do ano que vem, Ieda já reforçou seu compromisso em defesa das mulheres. Colocando essa missão como prioridade das suas ações parlamentares. Ela participou, por exemplo, do lançamento, no início da semana, que termina, da campanha “Dezesseis dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra a Mulher”, mais uma iniciativa do Ministério Público rondoniense no contexto dos esforços que estão sendo feitos neste sentido. “É revoltante quando se analisa os dados que mostram que a cada três mulheres, uma sofre ou já sofreu algum tipo de agressão. Precisamos coibir isso, com políticas públicas que possam sensibilizar toda sociedade”, disse Ieda. Ela acrescenta que “precisamos de ações eficazes e duras para acabar de vez com esse mal. E, em relação a isso, vou lutar desde o primeiro dia que assumir meu mandato”.
Serviço de inteligência das polícias: policiais arriscam as vidas todos os dias, para combater o tráfico
A semana termina com pelo menos cinco operações da Polícia Federal, uma delas em parceria com a Polícia Militar do Estado, a maioria delas contra o tráfico de drogas. Foram grandes operações. Numa delas, a PF descobriu um esquema milionário de tráfico, comandado de dentro do presídio de segurança máxima de Porto Velho. Noutro, foi desbaratado um esquema de tráfico que usa a RO 135 como principal passagem da droga que vem da Bolívia. Em outra, um caminhão interceptado daí já pela Polícia Rodoviária Federal, descobriu mais de 300 quilos de cocaína, que estavam sendo levados para outras regiões do país. Em praticamente todos os casos, a descoberta dos esquemas, segundo informações oficiais das polícias, se deu à informantes anônimos. Na verdade, não há nada de anônimo na prisão de tantos traficantes e criminosos e no desmanche de muitas quadrilhas. O que existe é um serviço de inteligência das polícias muito eficiente (deve-se destacar aí a atuação deste tipo de atuação do eficiente serviço de inteligência da PM rondoniense) que através de infiltrados consegue descobrir a rota, o sistema e por onde passará a droga. Anônimos, claro, apenas por segurança. Mas bons policiais, que arriscam suas vidas todos os dias para combater o crime.
Ministro do STF defende desarmamento da população, pauta prioritária do governo Lula
Que decidir apenas no que está na Constituição, ou seja, defender a própria Constituição que nada! Mais e mais ministros do Supremo Tribunal Federal dão razão a quem os critica por fazerem muito mais do que é sua atribuição. E não é apenas Alexandre de Moraes, o maior criador de leis, mas outros ministros também. Como Ricardo Lewandowski, aquele que inventou um nova aditivo constitucional, quando comandou a sessão que cassou a ex-presidente Dilma Rousseff, mas manteve seus direitos políticos, contrariando claramente nossa Carta Magna. Agora, num evento com tom jurídico, mas que tem a ver com a equipe de transição do governo Lula (o que um ministro do STF faz num evento desses?) Lewandowski defendeu o desarmamento da população, num pronunciamento claramente político-partidário, pauta prioritária dos partidos de esquerda, que não aceitam que o cidadão possa se armar para se defender, caso necessário. E assim vamos seguindo. Com um Congresso covarde, surdo, mudo e cego, são os membros do STF quem conduzem as políticas do país.
Perguntinha
Você acredita que a Câmara Federal vai conseguir abrir uma CPI para contestar decisões arbitrárias de ministros do STF e TSE ou que tudo, como sempre, vai acabar em pizza?
Sérgio Pires