Gestão transparente e alianças estratégicas devem marcar administração em Porto Velho
A eleição de Léo Moraes, do Podemos, para a prefeitura de Porto Velho marca o início de uma nova fase para a capital de Rondônia. Em um gesto que sinaliza manutenção de alianças importantes, Moraes reafirma a parceria com o governador coronel Marcos Rocha, do União Brasil, firmada desde 2022, quando o agora prefeito eleito apoiou Rocha em sua reeleição.
Essa aliança estratégica, estabelecida há dois anos, sugere que a governabilidade será favorecida pela manutenção de laços políticos estáveis e pela busca de alinhamento com o Executivo estadual.
Os primeiros indícios de que essa colaboração será mantida estão nas indicações para a equipe de transição.
Elias Rezende de Oliveira, atual secretário de Estado da SEOSP, e David Inácio dos Santos Filho, ligado à Secretaria de Estado da Sepad, foram escolhidos para compor o grupo que preparará o caminho entre a administração de Hildon Chaves, do PSDB, e a de Moraes. Essas escolhas destacam uma abordagem que privilegia a experiência técnica e o vínculo com o governo estadual, reforçando o compromisso de Moraes com a continuidade e a estabilidade institucional.
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No âmbito da política local, órgão de imprensa local especularam sobre a possível formação de uma frente de vereadores disposta a exercer pressão sobre o novo prefeito. Contudo, Moraes tem sido enfático em negar esses rumores, ao mesmo tempo em que constrói pontes com diversos parlamentares recém-eleitos que, até pouco tempo, figuravam como seus opositores.
Este movimento demonstra habilidade política e reforça sua capacidade de dissolver as tensões do período eleitoral, neutralizando resistências e criando um ambiente mais propício para o diálogo e a colaboração.
Vale lembrar que, no fim do primeiro turno, todos os vereadores eleitos para a nova composição da Câmara Municipal pertenciam à base de apoio de Mariana Carvalho, do União Brasil. A habilidade de Moraes em reverter esse cenário adverso e atrair aliados em potencial é um indicativo de que sua gestão deve priorizar a inclusão e a articulação política.
Ao dar os primeiros passos como prefeito eleito, Moraes busca imprimir uma gestão transparente e alinhada a práticas republicanas, mantendo a porta aberta para o diálogo com os diversos atores políticos. Embora ainda não tenha anunciado nomes específicos para seu secretariado, as expectativas são de que os debates internos com seus principais apoiadores resultem em uma equipe composta por nomes técnicos e competentes, capazes de atender às demandas da administração pública.
O lema da campanha de Léo Moraes, “coligado com o povo”, reflete sua postura independente e sem amarras com partidos ou grupos específicos. Essa liberdade o habilita a tomar decisões guiadas por suas próprias convicções e objetivos, naturalmente orientadas pelas necessidades da população.
Os próximos anos trarão desafios significativos para Léo Moraes. Além de manter uma relação produtiva com o governo estadual, ele terá a tarefa de consolidar apoio na Câmara Municipal e implementar projetos que reflitam seu compromisso com os eleitores. Se bem-sucedido, sua gestão poderá se tornar um exemplo de conciliação política e eficiência administrativa em Porto Velho, com reflexos positivos para toda a região.