Governador, senadores e deputados federais do estado participaram da manifestação que reuniu milhares de pessoas em São Paulo neste domingo (6)
Porto Velho, RO – O ato realizado neste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, contou com a participação de diversas autoridades políticas de Rondônia. Entre os presentes, estavam o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), os senadores Marcos Rogério (PL) e Jaime Bagattoli (PL), além dos deputados federais Coronel Chrisóstomo (PL) e Dr. Fernando Máximo (União Brasil).
A manifestação foi convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e reuniu, segundo estimativa da Universidade de São Paulo (USP), 44,9 mil pessoas no momento de maior concentração. A contagem foi realizada com base em imagens aéreas e uso de inteligência artificial por pesquisadores do Cebrap e da ONG More in Common. A Polícia Militar de São Paulo não divulgou números oficiais.
Entre os governadores presentes no evento, esteve o de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, que declarou em sua conta no Instagram que sua participação não teve caráter político-partidário. “Hoje estive na Avenida Paulista. Não foi uma atitude política partidária da minha parte, mas um gesto de solidariedade. Fui para apoiar a anistia de pessoas simples e inocentes de Rondônia e de todo o País que foram presas em consequência do ato de 08/Jan/2023”, escreveu.
Ainda segundo o governador, o ato representou uma experiência marcante. “Estar ali, pra mim, foi uma experiência marcante, caminhar pela Paulista ao lado do povo e conversar com pessoas de todos os cantos do Brasil. […] Que Deus abençoe e proteja o nosso povo e o nosso Brasil”, finalizou.
O senador Marcos Rogério também se manifestou nas redes sociais após o evento. “O que aconteceu hoje em São Paulo entrou pra história. Milhares foram às ruas em busca de justiça. Não é sobre Bolsonaro, é sobre fazer o que é certo. […] Pelo Brasil. Pela verdade. Anistia já!”, escreveu em publicação acompanhada de hashtags com seu nome e o estado de Rondônia.
Outro representante do estado no Senado, Jaime Bagattoli, publicou mensagem em tom semelhante: “Hoje, São Paulo se transforma em um grande palco da democracia! Milhares de brasileiros ocupam as ruas, unidos pela esperança e pelo desejo de um país mais justo. Todo Brasil se junta em um só coro: anistia já!”.
Na Câmara dos Deputados, dois parlamentares rondonienses também demonstraram apoio à causa. O deputado federal Coronel Chrisóstomo utilizou uma referência simbólica para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF): “Hoje, o batom, é um dos símbolos mais protagonizado no Brasil! Um batom se tornou mais ameaçador para a Suprema Corte Brasileira do que armas de alto calibre carregadas por criminosos e traficastes!”, escreveu, em alusão ao caso da cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por pichar a estátua “A Justiça”, em frente ao STF.
Já o deputado federal Dr. Fernando Máximo se limitou a uma breve publicação com emojis e hashtags: “Anistia aos inocentes 
#anistiajá #inocentes #brasil
”.
Durante o ato, Jair Bolsonaro fez críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu a aprovação de um projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas por manifestantes. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também discursou, pedindo uma “anistia humanitária”.
Além dos políticos de Rondônia, o evento contou com a presença de outros governadores — entre eles, Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG) — além de deputados federais, estaduais e lideranças do Partido Liberal.
A pauta da anistia gerou forte mobilização, apesar da resistência da opinião pública. Segundo pesquisa divulgada no mesmo dia do evento pelo instituto Quaest, 56% dos brasileiros se disseram contrários à anistia para os envolvidos nos ataques, enquanto 34% se mostraram favoráveis.
O projeto de lei que trata da anistia ainda está em tramitação no Congresso Nacional e tem gerado debates entre os parlamentares sobre os limites da responsabilização judicial e as possíveis implicações políticas de sua eventual aprovação.