PF impõe afastamento de vereadores de Vilhena ao indiciá-los, diz jornal
O FOLHA DO SUL ON LINE descobriu, em primeira mão, que cinco dos atuais vereadores de Vilhena acabam de ser indiciados pela Polícia Federal. Quatro agentes da PF estiveram na Casa, na manhã desta quarta-feira, 19, entregando um ofício no qual são listados os nomes dos indiciados no inquérito 0178/2016-4.
O documento é assinado pelo delegado Flori Cordeiro de Miranda Júnior, que investiga um esquema de propinas denunciado por um empresário do setor imobiliário que estaria sendo extorquido pelos parlamentares. Segundo o comunicado, os suspeitos são investigados por três crimes: extorsão, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Foram citados no ofício, além do empresário José Garcia (DEM), preso ontem acusado de ser o operador do esquema, os vereadores Júnior Donadon (PSD), Jairo Peixoto (PP), Carmozino Taxista (PSDC) e Wanderlei Graebin (PSC).
No momento em que os policiais federais cumpriam a diligência, nenhum dos dez vereadores estava na Câmara. O site entrevistou funcionários da Casa e eles confirmaram que nenhum parlamentar esteve nos gabinetes hoje.
A reportagem também procurou a assessoria jurídica do Legislativo vilhenense, que diz não ter tomado conhecimento de nenhum pedido de prisão.
O FOLHA DO SUL ON LINE se coloca à disposição dos vereadores que tiveram seus nomes expostos para que eles se manifestem sobre a situação, caso desejem.
19/10/2016 17:57:53
Tucana pode assumir presidência Câmara de Vilhena e convocar 5 suplentes; saiba quem são
Eleitas este ano deverão tomar “posse antecipada”
O FOLHA DO SUL ON LINE apurou que a Câmara de Vilhena estuda a forma de cumprir a determinação da Polícia Federal, que ao indiciar cinco vereadores nesta quarta-feira, 19, impôs o afastamento automático deles das funções legislativas.
O Regimento Interno da Câmara prevê que, com o impedimento do presidente da Casa, Júnior Donadon (PSD), e do vice, José Garcia (DEM) ambos indiciados, o comando do Parlamento passa a ser ocupado pela primeira secretária, Maria José da Farmácia (PSDB).
A tucana também deverá convocar os suplentes e empossá-los no lugar dos parlamentares afastados, pois a Câmara não pode votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), matéria que será apreciada na sessão do dia 1º de novembro. Para este tipo de análise, são necessários dois terços dos votos.
Devem ser empossados, portanto, caso uma medida judicial não devolva os parlamentares afastados aos seus respectivos cargos, os cinco suplentes deles: no lugar de Jairo Peixoto (PP) e Garcia entram a comerciante Vera da Farmácia e a empresária Heloísa Bueno; substituem Carmozino Taxista (PSDC) e Júnior Donadon o ex-vereador Ronaldo Alevato e a servidora Pública Leninha do Povo; a vaga de Graebin vai para o ex-vereador Candinho Espíndula.
Leninha, a mais votada este ano, e Vera da Farmácia, que acabam de ser eleitas vereadoras, podem assumir os cargos antes do previsto.
19/10/2016 19:12:36
Presidente da Câmara de Vilhena nega participação em “esquema” investigado pela PF
Júnior Donadon disse que já está retornando à cidade
Por telefone, o vereador Júnior Donadon (PSD), um dos indiciados hoje pela Polícia Federal, entrou em contato com o FOLHA DO SUL ON LINE na tarde desta quarta-feira, 19, e se manifestou quanto às acusações que estão sendo feitas a ele. O parlamentar se disse tranqüilo e garantiu que está disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos que forem necessários.
O vereador, que está em viagem com a família desde a semana passada, explicou que essa programação já havia sido feita antes mesmo da votação que lhe garantiu o segundo mandato consecutivo na Câmara.
Donadon negou com veemência ter qualquer ligação com os fatos investigados pela PF e que resultaram na prisão do vereador José Garcia (DEM) na manhã de ontem. “Nunca tratei desse tipo de assunto com nenhum outro colega. Vou solicitar cópia do inquérito para saber que razões usaram para me indiciar”.
Júnior, que é advogado e procurador do município, garantiu que já está retornando cidade e disse que faz questão de ser ouvido, o que ainda não foi feito por nenhuma autoridade. “Vou usar o que a lei me permite para provar minha inocência”, antecipou.
Folhadosulonline