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“Perseguição política” e “jogo de cartas marcadas”: como políticos de Rondônia reagiram ao indiciamento de Bolsonaro

Senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, além dos deputados Lúcio Mosquini e Coronel Chrisóstomo falaram a respeito do assunto

Senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, além dos deputados Lúcio Mosquini e Coronel Chrisóstomo falaram a respeito do assunto

Via Rondônia Dinâmica

Porto Velho, RO – A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado, gerou reações intensas entre políticos de Rondônia. O indiciamento, que envolve 34 pessoas e aponta a suposta participação de Bolsonaro em um plano para interromper o regime democrático, colocou parlamentares aliados do ex-presidente na linha de frente da defesa política.

Segundo a PGR, Bolsonaro teria participado ativamente da elaboração de um decreto para instaurar um Estado de Defesa e consolidar a tentativa de golpe. Esse plano, apresentado a comandantes militares em dezembro de 2022, também envolvia um esquema de inteligência paralela, desinformação e ataques contra instituições. A denúncia inclui ainda a suspeita de que Bolsonaro teria ciência de um suposto plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva antes de sua posse.

O relatório da Polícia Federal serviu de base para a denúncia da PGR, apontando que Bolsonaro não apenas dominava o plano golpista, como também teria articulado sua execução com militares e aliados políticos. Entre os denunciados estão figuras de destaque do governo anterior, como Braga Netto, Mauro Cid, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem, além de ex-integrantes das Forças Armadas.

Diante dessas acusações, parlamentares de Rondônia se manifestaram publicamente em defesa do ex-presidente. O senador Marcos Rogério (PL) afirmou que a denúncia era “previsível” e faz parte de uma “perseguição política”. Segundo ele, “narrativas parecem valer mais do que provas” e a Justiça não deve ser usada como “instrumento de disputas políticas”. Rogério argumentou que a tentativa é de “manchar a imagem, a história e o legado do presidente Jair Bolsonaro”.

O também senador Jaime Bagattoli (PL) reforçou a tese de perseguição e destacou que há uma tentativa de impedir Bolsonaro de concorrer em 2026. “O atual governo se provou incapaz de gerir o país e o resultado é que hoje o povo sofre em todas as áreas. Dia 16 de março estaremos nas ruas pelo resgate do Brasil!”, declarou.

Já o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) qualificou as acusações como “desproporcionais e politicamente motivadas”. Em sua visão, Bolsonaro é “a principal liderança da direita conservadora no Brasil” e está sendo alvo de tentativas de “desestabilizar a democracia e criminalizar a oposição”. O parlamentar afirmou que seguirá “ao lado de Bolsonaro nesta batalha pela verdade e pela honra”.

O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) usou um tom ainda mais enfático ao classificar o indiciamento como “perseguição política pura”. Para ele, trata-se do “nível mais baixo que a Justiça já chegou” e de um “jogo de cartas marcadas”, no qual a decisão da PGR já era esperada. “O Brasil não irá se calar!”, concluiu.

Com a denúncia agora nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro poderá se tornar réu e enfrentar um processo penal. O cenário político se acirra com a mobilização de aliados e a iminência de protestos, enquanto o desdobramento do caso promete intensificar ainda mais a polarização no país.

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