O que se sabe sobre o assassinato de policiais militares em área de conflito agrário de RO
Tenente foi morto quando pescava com amigos e sargento morreu na operação de resgate do corpo da primeira vítima, no sábado (3). Equipes da PM se revezam na busca pelos suspeitos de matar os militares.
Tenente foi morto quando pescava com amigos e sargento morreu na operação de resgate do corpo da primeira vítima, no sábado (3). Equipes da PM se revezam na busca pelos suspeitos de matar os militares.
Os corpos dos dois policiais militares assassinados durante o fim de semana em uma fazenda no norte de Rondônia foram enterrados nesta segunda-feira (5) em Porto Velho. Os crimes aconteceram no último sábado (3) e resultaram na morte do tenente da reserva José Figueiredo Sobrinho e do sargento Márcio Rodrigues da Silva.
Na tarde desta segunda, o Governo do Estado informou que, até então, nenhum suspeito havia sido preso. Barreiras continuam montadas na localidade e equipes estão se revezando nas buscas pelos suspeitos dentro da mata que fica na região.
Entenda o caso ponto a ponto:
- A fazenda onde ocorreu o crime fica na BR-364, no sentido Acre, após Nova Mutum distrito de Porto Velho;
- O primeiro policial morto foi o tenente da reserva José Figueiredo Sobrinho, que pescava com familiares e amigos quando foi abordado pelos criminosos;
- Uma testemunha contou que Figueiredo foi confundido com segurança da fazenda quando o grupo armado encontrou a identificação do PM;
- Figueiredo e os companheiros foram agredidos e o tenente reformado foi levado para o outro lado da estrada e morto com 10 tiros no rosto e no peito;
- O carro do tenente foi incendiado;
- Os sobreviventes deixaram o local e conseguiram pedir socorro em uma comunidade próxima;
- Equipes da PM se deslocaram até a fazenda para resgatar o corpo de José Figueiredo, mas foram emboscados e recebidos a tiros na propriedade;
- O sargento Márcio Rodrigues da Silva e outros quatro militares foram feridos;
- No domingo (4), uma operação da PM retirou o corpo do tenente Figueiredo, confirmou a morte do sargento Rodrigues e resgatou os policiais feridos.

Operação e investigações
Cerca de 100 policiais foram deslocados para a região das mortes em uma operação que procura os criminosos envolvidos nos assassinatos. Segundo a polícia, uma milícia armada que atua na grilagem de terras estaria por trás dos ataques.
O setor de inteligência apurou que a região é de conflito agrário. Em sobrevoo, mulheres e crianças foram avistadas, com isso, a orientação foi para retrair a tropa e garantir que a operação fosse de resgate.
Em entrevista coletiva na tarde do domingo (4), o governador Marcos Rocha afirmou que o grupo responsável pelas mortes usa técnicas de guerrilha com treinamento, tecnologia e armamentos pesados. Ele garantiu que o Estado vai usar a força necessária para prender os autores dos crimes.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital.

O que ainda precisa ser respondido:
Quem são os integrantes do grupo armado apontado como autor das mortes?
Qual a ligação desse grupo com disputas por terras na região?
Por G1 RO