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Novo repiquete no Rio Madeira coloca Defesa Civil em estado de alerta

O rio Madeira apresentou novo repiquete nos últimos dias e a Defesa Civil Municipal está, interinamente, trabalhando em estado de alerta. Segundo informou Vicente Bessa, secretário municipal de Projetos Especiais e Defesa Civil (Sempedec), o rio está com um metro e meio acima da cota apresentada no ano passado, nessa mesma época no ano, após a maior enchente já vista no município. “Desde a última sexta-feira observamos um novo repiquete. O último, acontecido em abril, havia elevado o rio à cota 16,15, este segundo já fez com que a cota chegasse hoje a 15,50”, informou.

Os motivos do aumento da cota para 15,5, conforme registrado na terça-feira (09), é o grande aumento de volume das águas do rio Amazonas que está represando o Madeira, e também as muitas precipitações pluviométricas nas cabeceiras dos rios Mamoré, Beni e Madre de Dios. “O Madeira está represado de baixo para cima, com o aumento da cota do Amazonas e, ao mesmo tempo, de maneira atípica para esta época do ano, os rios Mamoré, Beni e Madre de Dios estão recebendo muitas chuvas”, disse o secretário.

Bessa explicou que a Defesa Civil Municipal poderia pedir o decreto de estado de alerta. “O estado de alerta pode ser decretado quando o rio ultrapassa a cota 14 e nós estamos acima da cota 15. Mas como se trata de um repiquete e não de uma situação que deva permanecer por muito tempo, trabalhamos somente internamente com essa situação de estado de alerta para a Defesa Civil. Ainda não nos deparamos com situações de maior gravidade e estamos trabalhando bastante para evitar agravamentos”, afirmou o secretário.

Marcelo Santos, coordenador municipal da Defesa Civil, disse que algumas comunidades estão recebendo maiores cuidados e ações preventivas, tais como as localidades de Brasileira, Aliança e Bom Será, na região do médio Madeira, que no próximo final de semana receberão visitas de servidores da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Assistência social (Semas). “Vamos dar sequência aos atendimentos nesses locais e verificar de perto como está a situação”, esclareceu.

Com o aumento do volume do rio Madeira, os maiores problemas verificados nas comunidades ribeirinhas são as contaminações do lençol freático, porque se misturam os materiais das fossas cépticas com poços sem tampa e proteção. Na zona urbana, com os trabalhos preventivos realizados pela Defesa Civil não se tem observado situações mais agravantes.

As famílias que corriam perigo, como nos casos do Beco do Birro, Panair, Beco Gravatal e outros não estão mais nas casas, foram retiradas e aguardam moradias dos programas sociais. “Esse trabalho foi iniciado em dezembro do ano passado. Algumas famílias ainda retornaram, mas com o repiquete de abril elas saíram novamente. Agora estamos dando maior atenção às famílias do médio e baixo Madeira. Estamos distribuindo água potável, kits para higiene pessoal e das residências e reavaliando as situações dos cadastramentos para Bolsa Família e outros programas, junto a Semas”, disse o coordenador.

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