MPF instaura inquérito para apurar suposto enriquecimento ilícito de professor da UNIR
Porto Velho, RO – Uma reportagem realizada pela Rede Globo de Televisão poderá culminar na responsabilização do professor universitário Bruno Valverde Chahaira, pertencente ao quadro de servidores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus Guajará-Mirim.
Ele poderá responder por improbidade administrativa.
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Por conta da matéria em que Valverde aparece atuando como advogado de um investigado em São Paulo, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou, por meio do procurador da República Daniel Luis Dalberto, inquérito civil a fim de apurar suposto ato ímprobo praticado pelo docente.
De acordo com o procurador, Bruno pode ter violado exclusividade contratual que rege o seu vínculo junto à UNIR, sobretudo porque estava em licença remunerada para cursar doutorado.
“CONSIDERANDO que a sobredita ilação decorre da constatação de matéria veiculada no sítio da G1 http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/07/falsos-medicos-do-interior-de-sp-vao-ter-que-se-explicar-na-justica.html em que BRUNO VALVERDE CHAHAIRA é identificado como advogado do investigado Jaime Ricardo Chumacero, ou seja, exercendo advocacia em patente lesão ao erário”, anotou o membro do MPF para justificar o procedimento.
Em seguida, converteu a Notícia de Fato em Inquérito Civil “com o escopo de apurar suposto enriquecimento ilícito e prejuízo ao erário decorrente de atos praticados por professor pertencente ao quadro de servidores da Universidade Federal de Rondônia, campus Guajará-Mirim”, asseverou.
Por fim, determinou as seguintes diligências:
“1. Registre-se e autuem-se os documentos como INQUÉRITO CIVIL, devendo o feito ser iniciado por meio desta Portaria. Havendo novos documentos pertinentes, deverão ser juntados ou apensados, naturalmente.
2. Apor na identificação do ICP a seguinte ementa: Inquérito Civil instaurado para apurar supostos atos de improbidade administrativa /corrupção praticados por professor pertencente ao quadro de servidores da Universidade Federal de Rondônia em Guajará-Mirim.
3. Junte-se nos autos impresso da notícia veiculada no sítio do G1 http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/07/falsos-medicos-do-interior-de-sp-vao-ter-que-se-explicar-na-justica.html;
4. Com a resposta da pesquisa realizada junto ao Sistema Nacional de Pesquisa e Análise – SNP/SINASSPA nº 939/2015, voltem-me os autos para a ulteriores deliberações,
5. Cientifique-se a 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, encaminhando-lhe cópia desta portaria, solicitando a devida publicação na Imprensa Oficial”, concluiu.
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