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Moradores atingidos por cheia em Ji-Paraná não querem deixar casas

Por medo de serem roubados, moradores não querem ir para abrigo. Apesar dos níveis dos rios terem baixado em , alerta continua.

Moradores do bairro Primavera, segundo distrito de , cidade localizada a 374 quilômetros de , também foram afetados pela cheia do Rio Machado. Com suas casas e quintais cheios de água, moradores transitam de barco e se recusam a ir para o abrigo improvisado pela Secretaria de Ação Social, no ginásio Adão Lamota.

Por medo de serem roubados ou por já estarem habituados a conviver com as cheias, alguns moradores esperam pacientemente o rio baixar. Na tarde desta sexta-feira (20), o Rio Machado baixou ao nível de 11,20 metros. No período desta manhã a cota estava em 11,26 metros, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

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Irene Alexandre de Souza, de 50 anos, é dona de casa, mora no bairro Primavera há três anos e é uma das afetadas pela cheia. É a segunda pela qual Irene passa. “Só pela misericórdia de Deus viver desse jeito. A gente não tem pra onde ir, mas, apesar de tudo, aqui é onde nos sentimos bem. Meu marido é pescador, não temos muito recurso. Hoje mesmo meu poço desbarrancou por causa da enchente, estou sem água por causa da água, parece brincadeira”, relatou.

A situação é parecida com a de Selma Oliveira, 22 anos, auxiliar de produção, que realizou o sonho da casa própria há um ano. Ela comprou a casa com um preço abaixo do praticado no mercado imobiliário, achando que seria um bom negócio. Após alguns meses morando no local, ela viu seu quintal ser invadido pelo rio e agora enfrenta a segunda enchente. “Comprei a casa super barato, mal sabia que era por causa do rio que invade sempre. Se subir mais a água, eu vou ter que alugar uma casa e aguardar a água baixar, mas não penso em vender, pois não conseguiria comprar uma casa com o que paguei aqui, e outra coisa, quem vai querer comprar?”, concluiu.

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Cacoal
Cerca de 400 famílias podem ser afetadas com a cheia do Rio Machado, em Cacoal, cidade distante 480 quilômetros de Porto Velho. Apesar dos níveis dos rios Machado e Pirarara terem baixado – depois da chuva que provocou transbordamento, no sábado (14) com cerca de 200 casas atingidas – a Secretaria Municipal de Ambiente (Semma) alerta a população sobre os riscos e cuidados nos próximos dias.

 

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Segundo o secretário de Meio Ambiente do município, José Aparecido Limeira, mesmo com o recuo das águas, as pessoas que moram nas margens precisam ficar em alerta, porque eles ficam represados. “Pelo fato de o rio Machado estar bastante cheio, a água bate e volta, além disso, se chover forte em suas cabeceiras a tendência é que eles alaguem as residências que ficam próximas,” alerta o secretário, ressaltando que no ano passado cerca de 400 casas foram atingidas durante a cheia.

De acordo com a Defesa Civil de Cacoal, cerca de 200 residências dos bairros Liberdade e Santo Antônio foram atingidas após a chuva do sábado (14), e grande parte da população afetada já voltou para casa.

Pimenta Bueno
Os níveis dos Rios Pimenta e Barão de Melgaço recuaram em Pimenta Bueno (RO), distante cerca de 520 quilômetros de Porto Velho. Parte das famílias atingidas já voltaram para casa, de acordo com a . No entanto, o alerta continua, devido ao comunicado do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), que informou a administração municipal, na última terça (17), sobre o risco de inundação ainda maior na cidade, nos próximos dias.

Em razão dos estragos provocados pelas chuvas, a prefeitura decretou situação de emergência. Atualmente, 17 famílias estão alojadas em abrigos disponibilizados pela Defesa Civil.

 

G1

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