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Ministério lança campanha de combate ao assédio em festas juninas

O tema motivou a criação da campanha Eu respeito as muié, lançada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no sábado (22), em Goiânia

O tema motivou a criação da campanha Eu respeito as muié, lançada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no sábado (22), em Goiânia

O combate aos crimes de estupro, assédio e importunação sexuais durante as festas juninas tornou-se, este ano, um dos focos de atenção do governo federal. O tema motivou a criação da campanha Eu respeito as muié, lançada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no sábado (22), em Goiânia.

Para disseminar a mensagem da campanha, a pasta está distribuindo vídeos, folders, camisetas e banners a movimentos sociais e secretarias estaduais e municipais de políticas para mulheres. Também está prevista uma ação de panfletagem ao público nas festas O Maior São João do Mundo e Arraiá do Cerrado, celebradas, respectivamente, em Campina Grande (PB) e Aparecida de Goiânia (GO). As atividades estão programada para os dias 5 e 7 julho.

Segundo a titular da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto, as orientações transmitidas no âmbito da campanha servem tanto para as mulheres como para os homens. “Todo o material produzido para o movimento busca aproximar homens e mulheres para a cultura do respeito. Trabalhamos por uma mudança comportamental e a campanha é uma das ações que vamos realizar no sentido de educar homens e mulheres”, afirmou.

97% das mulheres consultadas declararam já terem sido vítimas de assédio em meios de transporte – Divulgação/Secretaria da Mulher do DF

Números apresentados em recente pesquisa dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva ajudam a dimensionar o peso da violência sexual na vida das brasileiras. De acordo com o levantamento, 97% das mulheres consultadas declararam já terem sido vítimas de assédio em meios de transporte. Outras 71% afirmaram conhecer alguma mulher que já sofreu assédio em local público.

A agressão sexual é apenas uma das facetas da violência contra mulher, que pode assumir ainda outras quatro formas: a psicológica, a patrimonial, a moral e a física.

Mulheres protestam no Rio contra feminicídio, estupro e importunação sexual – Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgados no último dia 12, o índice de estupros deste ano variou pouco em relação ao ano passado. Em 2018, foram registrados, entre janeiro e fevereiro, 7.834 crimes, enquanto, no primeiro bimestre deste ano, o total foi de 7.284 ocorrências.

No material da campanha “Eu respeito as muié”, o ministério informa que a mulher vítima de violência pode denunciar a ocorrência através do Ligue 180, do governo federal.

A central de atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).

Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil  Brasília

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