Governo prepara pacote de terceirização na saúde e os profissionais da área ameaçam com paralisação
Os servidores da saúde prometem greve geral contrária a essa solução de crise
Os servidores da saúde prometem greve geral contrária a essa solução de crise
O governador Marcos Rocha foi eleito e reeleito com a promessa de construir um novo hospital de emergência, conhecido como Heuro. Em São Paulo, junto com assessores e ex-secretário de Saúde Estadual Fernando Máximo, conseguiram a façanha de aprovar na Bolsa de Valores o contrato de parceria para a construção do novo Heuro com mudança de endereço na zona leste, área de comprovada alagação. O projeto, naufragou, tendo o governador enviado mensagem para a Assembleia Legislativa anulando os R$ 260 milhões que estavam disponibilizados, resultando na rescisão contratual. Essa rescisão tem vários viés desde a regularização do terreno escolhido, como também a não apresentação da documentação junto a prefeitura para o início das obras.
Também não deu certo a negociação de compra de um hospital privado na capital com o propósito de suprir a estrutura esgotada do Pronto Socorro João Paulo II.
Como nada deu certo, o governo resolveu inovar: está ensaiando a contratação de gestão dos seguintes serviços: Pronto Socorro João Paulo II, Leitos de UTI da AMI e o Hospital de suporte ao João Paulo, Regina Pacis, onde estima-se que os custos serão de no mínimo, R$ 600 milhões de reais por ano.
Fontes consultadas por Nahoraonline, disseram que se trata de uma incompetência de gestão, porque não foram capazes de estancar a crise existente no setor.
A Terceirização não terá ampliação nenhuma de serviço ou estrutura para atender a população, pois, será a mesma existente, sendo transferida apenas a responsabilidade da gestão para uma organização privada.
Como existe verba federal nessa tentativa de terceirização com entidade privada, provavelmente haverá uma fiscalização dos órgãos de controle federal, como MPF, TCU e ainda do Ministério da Saúde. A pergunta que se faz é, quantas vezes vão tentar resolver esse impasse e quais projetos e estudos demonstram que estão certos?.
Carlos Terceiro, Nahoraonline