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Governo de Rondônia envia centenas de comprimidos de Cloroquina para tratar pacientes infectados pelo Coronavirus no Cone Sul

Entidades científicas dizem que droga não tem eficácia; aliados de Bolsonaro defendem liberação

Entidades científicas dizem que droga não tem eficácia; aliados de Bolsonaro defendem liberação

O enviou, para a Gerência Regional de , em Vilhena, um lote de mil comprimidos de Cloroquina 150mg, destinados a abastecer as unidades de saúde do Cone Sul, incluindo estabelecimentos privados. Eles serão utilizados para tratar pacientes confirmados como portadores da -19 e que estejam internados.

Junto com o produto, foram disponibilizados documentos para embasar o uso da droga, que só poderá ser ministrada com o consentimento, por escrito, do paciente que estiver sendo tratado. O médico responsável pela aplicação também terá que assinar o documento (VEJA DOCUMENTOS NAS FOTOS SECUNDÁRIAS).

De acordo com Sérgio Mattos, gerente regional de Saúde, dois lotes foram liberados para os hospitais Regional e Bom Jesus, em Vilhena. Cada tratamento consome de 18 a 20 cápsulas. O restante do material enviado ficará armazenado e será repassado à unidades de saúde, conforme a demanda.

Pelo protocolo atual do Ministério da Saúde, apenas doentes em estado grave devem receber a Cloroquina em estabelecimentos públicos. Mas, ela não está proibida e, mesmo pessoas em quadro inicial da doença podem ser tratadas com o comprimido, se médico e paciente assim decidirem.

POLÊMICA
A Cloroquina vem sendo motivo de intensos debates nas redes sociais. A substância teria sido a causa da demissão de dois ministros da Saúde, que se recusaram a mudar o protocolo de aplicação dela, conforme defende o presidente (sem partido). Ele propõe a mudança do protocolo para que todos os pacientes infectados pelo Coronavirus tenham direito de receber o tratamento, mesmo na fase inicial da doença.

Entidades científicas afirmam, com base em estudos, que o medicamento não tem eficácia no tratamento da Covid-19. Em entrevista publicada ontem pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, denuncia que o uso da Cloroquina em pacientes com o Coronavirus pode acelerar mortes provocadas por problemas cardíacos.

Já os aliados de Bolsonaro, que defendem a utilização da droga, citam vários episódios em que ela deu bons resultados, incluindo casos de paulistas de hospitais-referência, que venceram o Coronavirus usando o produto.

Nas redes sociais, bolsonaristas também lembram que a Cloroquina é usada em Rondônia há mais de 50 anos, para tratar de pessoas com malária. E citam que não houve danos à saúde, provocados pela substância, que era comprada em farmácias sem receita médica.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação
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