Governador Marcos Rocha destaca qualidade do café cultivado por indígenas de Rondônia
Concurso premiou a melhor produção indígena de café
Concurso premiou a melhor produção indígena de café
Inovador e sustentável, o Projeto Tribos, desenvolvido pelo Grupo Três Corações, e que incentiva o cultivo de café pelos povos indígenas, teve um importante avanço na manhã desta quinta-feira (12), em Cacoal. Na oportunidade, foram anunciados os vencedores da primeira edição do Concurso Tribos, que avaliou a qualidade do café cultivado em duas terras indígenas: Sete de Setembro, localizada em Cacoal, e Rio Branco em Alta Floresta.
Após avaliarem 64 amostras de café, o Grupo Três Corações, líder nacional no segmento de café torrado e moído, divulgou os cinco melhores cafés produzidos pelos indígenas rondonienses. O melhor deles atingiu a pontuação de 89,63 pontos, um café bem mais que especial, produzido na Aldeia Tikã, na Terra Indígena Sete de Setembro. O café cultivado por Yamixãrah Tintin Suruí passou por uma rígida avaliação, feita por profissionais de Rondônia e de outros estados brasileiros, que assegurou a qualidade do fruto que é plantado e colhido na lavoura do cafeicultor. Campeão do 1º Concurso Tribos, Yamixãrah Tintin Suruí teve toda a sua produção comprada por R$ 3 mil cada saca e recebeu, ainda, R$25 mil de prêmio em dinheiro.
Em poucas palavras, o indígena definiu sua emoção. “Falo pouco o português, mas quero dizer que o que eu estou sentindo é uma felicidade muito grande. Tenho vontade de sorrir o tempo todo. Não quero parar de ter essa alegria. Tenho a minha plantação, que cuido com a ajuda da minha família, e é isso que a gente quer fazer. A gente quer trabalhar, ter um café bom e conquistar as nossas coisas”, emociona-se Tintin Suruí.
Seguindo com a classificação no concurso, em segundo lugar, entre os melhores cafés, o destaque foi para Valcemir Canoé, da Terra Indígena Rio Branco. O café produzido por ele, na Aldeia São Luiz, será comercializado por R$ 2 mil cada uma das sacas. O cafeicultor também recebeu uma premiação no valor de R$ 15 mil. Já o terceiro lugar no concurso também foi conquistado por um indígena da etnia Suruí. O cafeicultor Erivelton Mopimoy Suruí, da Aldeia Joaquim, terá toda a sua produção comprada pelo Grupo e a Três Corações por R$ 1 mil cada saca. Erivelton recebeu a premiação em dinheiro, no valor de R$ 10 mil. Conforme anunciado pelo Grupo Três Corações, o nível e a qualidade dos cafés que participaram do concurso foi tão alto e a disputa tão acirrada que o Grupo de sentiu na obrigação de premiar também o 4º e o 5º melhor café, com R$ 5 mil cada.
Presente na revelação dos melhores cafés do 1º Concurso Tribos, o governador do estado de Rondônia, Marcos Rocha, elogiou a iniciativa do Grupo e parabenizou a dedicação dos indígenas rondonienses no cultivo do café dentro das aldeias.
“Eu quero parabenizar a empresa Três Corações e os povos indígenas pela dedicação e pelo amor ao café, ao cultivo, às lavouras. O café aqui, neste concurso hoje, é apenas uma amostra da qualidade do que é produzido em Rondônia”, ressaltou o governador.
Para Marcos Rocha, não existe diferença entre o índio e o branco. “Nós somos todos iguais. O indígena quer trabalhar e o governo está ao lado de todos. Estamos juntos. Neste período que estamos no governo, foram entregues máquinas agrícolas em aldeias indígenas, entregamos sementes, abrimos estradas para que os indígenas possam escoar a produção, temos trabalhado na regularização fundiária. Enfim, temos trabalhado por todos, para que Rondônia possa produzir mais, valorizando a sua produção”.
Já em sua fala, o presidente do Grupo Três Corações, Pedro Lima, falou desta intenção da companhia de valorizar o que o Brasil tem de melhor. “Ao longo dos 60 anos de história do Grupo Três Corações temos buscamos parcerias genuínas e duradouras e este projeto caminha neste sentido. Além disso, ele traz ousadia e inovação na criação de oportunidades. Estamos construindo o Projeto Tribos com responsabilidade e cuidado em cada atitude, sempre visando os pilares ambientais, protegendo as florestas, os pilares econômicos, com a produção de um café de qualidade, e sociais, destacando e valorizando o protagonismo indígena. O nosso trabalho é voltado para desenvolver a cadeia produtiva do café. Este projeto, o Projeto Tribos, é uma oportunidade única de uma iniciativa sustentável que cria valor para os envolvidos”, enalteceu Pedro Lima.
Neste primeiro ano do Projeto Tribos, o Grupo Três Corações garantiu a compra de toda a produção dos cafés cultivados nas duas Terras Indígenas, Sete de Setembro em Cacoal e Rio Branco, em Alta Floresta. O objetivo é incentivar ainda mais a qualidade, comprovando o alto potencial dos cafés produzidos pelos indígenas de Rondônia.
Giliane Perin/Secom