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Maquinário teve a roda arrancada por invasores (Foto: PM/ Divulgação)

Fazenda invadida pela LCP teve casas, depósitos e currais incendiados. Fotos

Propriedade foi desocupada por famílias na sexta (26) em Seringueiras (RO). Registro de destruição foi feito por autoridades, junto de fazendeiro

Imagens divulgadas pela Polícia Militar (PM), neste sábado (27), mostram o estrago causado pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) na Fazenda Bom Futuro, após mais e um mês de invasão, em Seringueiras (RO), a cerca de 530 quilômetros da capital Porto Velho. Depois da desocupação da propriedade de forma pacífica, na sexta-feira (26), policiais, peritos e promotores de Justiça entraram na fazenda e encontraram casas, maquinários, ferramentas e depósitos queimados. Também foram achados vários bovinos mortos.

Conforme a PM, os 100 integrantes da LCP invadiram a fazenda Bom Futuro no dia 17 de julho. De acordo com a Polícia Militar (PM), a ocupação aconteceu durante a noite, quando dois ônibus lotados estacionaram na entrada da fazenda.

Currais de fazenda foram queimados durante ocupação (Foto: PM/ Divulgação)
Currais de fazenda foram queimados durante ocupação (Foto: PM/ Divulgação)

Seis homens armados desceram e caminharam em direção à propriedade, onde fizeram o dono da fazenda e um funcionário reféns.

Durante o período de ocupação, os invasores incendiaram depósitos e currais da fazenda, além de maquinários, ração e sal do gado. Vários bovinos morreram de fome, pois não foram alimentados pelos acampados. Segundo a PM, poços da propriedade foram entulhados pela LCP.

A vistoria na fazenda foi feita peor autoridades, junto do proprietário. Além da destruição no local, duas motocicletas desapareceram da fazenda e ainda não foram localizadas.

Gado morreu de fome na propriedade, após ração ser queimada (Foto: PM/ Divulgação)
Gado morreu de fome na propriedade, após ração ser queimada (Foto: PM/ Divulgação)

Entenda o caso
A LCP invadiu a fazenda Bom Futuro no dia 17 de julho. De acordo com a Polícia Militar (PM), a ocupação aconteceu depois que dois ônibus lotados estacionaram na entrada da fazenda.

Na sequência, seis homens armados desceram e caminharam em direção à propriedade, onde fizeram o dono da fazenda e um funcionário reféns. Outro funcionário percebeu a movimentação e conseguiu se esconder na pastagem e ligar para a polícia.

Os reféns foram mantidos amarrados e encapuzados. Horas depois foram obrigados a deixar a fazenda. Além dos ônibus, diversos veículos de passeio foram vistos adentrando a fazenda após a invasão.

Desde que a propriedade foi invadida, produtores rurais da região fecharam a BR-429 por duas vezes, como forma de protesto pela ocupação.

Maquinário teve a roda arrancada por invasores (Foto: PM/ Divulgação)
Maquinário teve a roda arrancada por invasores (Foto: PM/ Divulgação)

Reintegração
Uma ação de reintegração foi realizada no último dia 21 de julho, mas os invasores abriram fogo contra o helicóptero Falcão 2 do Núcleo de Operações Aéreas (NOA), o que motivou a PM a abortar a missão.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), Rovilson Teixeira, suspendeu no dia 28 de julho a liminar que concedia a reintegração de posse da fazenda, definindo a situação como conflito agrário.

Depois de ter sido suspensa pelo TJ, a reintegração de posse da fazenda Bom Futuro e a entrega de alimentos aos acampados foram mantidas pela Justiça. Na sexta, os integrantes do grupo aceitaram a ordem judicial e saíram pacificamente do local.

Os acampados foram levados para uma propriedade disponibilizada pelo nstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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