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Faperon e CEDREs buscam solução para dívidas dos produtores rurais de Rondônia

Renegociação visa a prorrogação das dívidas com estabelecimentos de crédito devido à crise no segmento

Renegociação visa a prorrogação das dívidas com estabelecimentos de crédito devido à crise no segmento

Não há como ignorar a crise do setor agropecuário (gado de corte e leite) em todo o Brasil. Em Rondônia (sexto maior rebanho do país) a situação não é diferente e, a reunião realizada esta semana entre membros do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural de Rondônia (CEDREs) integrado por representantes ligados à área, presidente da Federação de Agricultura de Rondônia-Faperon e o secretário de Estado da Agricultura, Luiz Paulo espelha bem o momento delicado do setor, que responde pela força da economia regional e nacional.

Os produtores estão com dificuldades financeiras. Quem trabalha com gado de corte sofre com o preço baixo da arroba do boi, hoje em torno de R$ 190. No mesmo período em 2022 a arroba girava em torno de R$ 280.

O criador de gado de leite também enfrenta dificuldades. A importação de leite em pó, da Argentina, principalmente, provoca crise no setor. No Mato Grosso o Sindicato Rural de Campo Grande reuniu os agropecuaristas ligados ao leite para discutir a situação, que é grave.

A reunião extraordinária do CEDREs é oportuna e necessária. Os produtores rurais estão com dificuldades para cumprir seus compromissos com financiamentos e querem uma trégua, um prazo maior, uma prorrogação das dívidas para se organizarem economicamente.

Hélio Dias, que preside a Faperon argumentou que é necessário formalizar negociações com superintendentes e representantes dos bancos e saber como agir, legalmente, de acordo com o manual de crédito rural, meios e formas de o produtor-mutuário solicitar o pedido de prorrogação de prazos das parcelas de financiamento aos representantes do Banco do Brasil, Banco da Amazônia-BASA e sistema Sicoob de como agir legalmente para que as dívidas sejam proteladas, devido à forte crise no setor.

Após uma ampla discussão sobre o melhor caminho para devedores e credores, ficou decidido, felizmente, que agentes financeiros e produtores estão interessados em renegociar as dívidas referentes a parcelas de financiamentos vencidos, ou prestes a vencer, que deverão entrar em contato com as empresas de assistência técnica, pública ou privada, que elaborou o projeto na busca da formalização do pedido de prorrogação, ou mesmo diretamente com as agências bancárias nos respectivos municípios e formatar a negociação.

É importante oficializar, por escrito os pedidos de prorrogação dos prazos das parcelas com antecedência mínima de 30 a 90 dias, antes da data de vencimento, para que os bancos e estabelecimentos de crédito possam analisar as solicitações.

A mobilização é pertinente, devido a crise econômico-financeira na agricultura e pecuária que é real. Por isso é fundamental que as dívidas sejam renegociadas, já que os credores demonstraram interesse, para que no futuro o devedor não fique sem condições de quitar os seus débitos. Os demais segmentos devem seguir o caminho do agronegócio e buscar soluções para os problemas econômicos futuros, que serão inevitáveis, pois a prevenção ameniza e ajuda a superar a crise.

 

 

 

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