Empresa diz que entrega os testes para Covid-19 em Porto Velho até quarta-feira, depende da Anvisa
Os Kits ainda aguardam publicação de autorização da Anvisa
Os Kits ainda aguardam publicação de autorização da Anvisa
O jornal Nahoraonline com exclusividade obteve informações da representante da empresa Buyer Br, de Barueri (SP), Maires de Carli, na região norte, da chegada e envio da carga com 100 mil kits de testes para o Corona vírus no estado que já contabiliza 43 mortes e 1.398 pessoas infectadas. Esse teste vai ajudar a combater a subnotificação e mostrar quem de fato está com a covid-19 e transmitindo, muitas vezes, sem saber por ser assintomático.
Governo pagou mais de R$ 3 milhões adiantados a essa empresa paulista cujo capital social é de R$ 175 mil e quase 40 dias depois, está cumprindo prazo de entrega, que eram de 10 dias, Veja:
Portal da Transparência do Estado de Rondônia – Consultar pagamentos
Em meio à confusão causada pela pandemia do Corona vírus, o governo de Rondônia resolveu que, na pressa é melhor pagar primeiro para ver depois.
Em 3 de abril, a empresa Buyer Br, de Barueri (SP) apresentou proposta de venda de 100 mil kits de testes rápidos, ao valor unitário de R$ 105,00, totalizando R$ 10.5 milhões. Como se tratou de compra emergencial, houve dispensa de licitação e autorização para pagamento de 30% do valor como entrada e o restante no faturamento. A dona da empresa, Cibele Oliveira, se defende e diz que o preço praticado está abaixo do mercado porque com a escassez do produto os preços subiram.
A empresa Buyer Br, apesar do nome pomposo, funciona em uma casa relativamente simples e apresentou capital social de R$ 174 mil, mas recebeu adiantado, do governo de Rondônia, no dia 7 de abril, R$ 3.150 mil e deveria ter entregue os testes no dia 17 de abril, dez dias após o recebimento do adiantamento conforme estabelecido no ato da compra.
A Buyer Br é uma empresa que tem na receita federal outros objetos de vendas e não medicamentos, explicando a parceria com outra empresa, a Level. A Level importa, a Buyer compra e revende, não tem estoque.
A Buyer alegou que estava com problemas, porque em função da pandemia, voos foram cancelados e atrasou a chegada, mas garante que os kits já estão no Brasil, e que já fizeram a prova de vida da carga para garantir o bom andamento do negócio.
Os kits foram adquiridos em 7 de abril, quando, de acordo com o boletim epidemiológico do governo, o Estado registrava apenas 23 casos da doença um óbito, a Sesau pagou R$ 105 por cada kit de teste rápido. Ocorre que na mesma data, a prefeitura de Porto Velho comprou 10 mil kits de testes rápidos para Covid-19 ao preço de R$ 79,00 a unidade, oriundos da Alemanha, que apresenta aprovação pela Anvisa e segurança nos resultados em 98%, segundo representante em contato por telefone com o jornal Na hora online.
Com relação ao recebimento e conferência dos 100 mil testes, provavelmente a Comissão Permanente encarregada para esse fim deve atestar a quantidade, até para que o fornecedor possa receber os mais de sete milhões faltantes. Para tanto, o Ministério Público deve acompanhar esse processo para evitar que erros possam ser cometidos na contagem do material.
Pelo que foi apurado, o governo de Rondônia tem como meta comprar kits no valor total de R$ 28 milhões para atender a demanda crescente de suspeitos com a doença que assola o país e o mundo.
Se tivesse comprado da empresa fornecedora da prefeitura municipal de Porto Velho ou outra qualquer especialista nesse tipo de material complexo, teria economizado cerca de R$ 2,6 milhões de reais, com testes do Corona vírus.
Na pressa, a empresa foi habilitada numa sexta-feira e já no domingo estava apta para fornecer o produto, não tendo o comprador, tido tempo para avaliar melhor e pesquisar no mercado. No final, quem ofereceu menos prazo, talvez com o fito de ganhar o certame, acabou atrasando mais e cobrando mais caro.
Um teste para ser eficaz e atender pelo menos 99% com segurança, precisa ser de uma empresa que possa ter a certificação da Anvisa quando chega ao Brasil. Segundo os dirigentes da fornecedora já estão com toda essa documentação em mãos. Segundo Maires, a Anvisa ainda não liberou, mas, aguarda a publicação para amanhã em nome da Level Importação, Exportação e Comércio S/A, sob o número de protocolo, 25352.189916/2020-92.
O Brasil tem apreendido muitas mercadorias oriundas da China, principalmente testes da
Covid-19 que não funcionam. Para tanto, houve até a publicação de uma Resolução da Vigilância Sanitária nesse sentido. Veja:
Segundo matéria do próprio governo de Rondônia, o corpo de bombeiros ainda deve ir buscar os testes em São Paulo de avião, em quantidade menor (não cabe 100 mil testes na aeronave) para iniciar a testagem na população, o que consideramos desnecessário porque a obrigação de entrega em Porto Velho é da fornecedora. Veja a matéria:
A empresa fornecedora se comprometeu em doar 50 mil máscaras para ajudar no combate ao Covid-19.
O Nahoraonline abre o espaço para direito de resposta por parte das Empresas Citadas a qualquer momento independente de interpelação judicial.
Carlos Terceiro, Nahoraonline
[…] Conforme destacou o site Na Hora Online, que apresentou a informação sobre os testes em primeira-mão, ” Em meio à confusão causada pela pandemia do Coronavírus, o governo de Rondônia resolveu que, na pressa é melhor pagar primeiro para ver depois”. Convenhamos, pagar antes para ver depois quando o que está em jogo são as vidas dos outros, até porque político com cargo não depende de administração pública, é óbvio, é coisa de quem lava as mãos em bacia de sangue, como disse Lima Duarte. […]
[…] os “portais”, mas como ele não tem coragem, a gente nomina. Quem levantou a lebre foi o Nahoraonline.com, Painel Político aprofundou o assunto mostrando que a compra era, de fato suspeita, […]