Esplanada amanhece com 272 cruzes em memória às vítimas em Brumadinho
Há exatos cinco anos, 272 pessoas morreram com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho, Minas Gerais
Há exatos cinco anos, 272 pessoas morreram com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho, Minas Gerais
Nesta quarta-feira (25/1), o gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi preenchido com 272 cruzes em memória às vítimas do rompimento da barragem da empresa Vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia completou exatos cinco anos. O ato é uma iniciativa do deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG), bombeiro que atuou nos resgates.
Após cinco anos, ninguém foi responsabilizado pelas mortes e nenhum dos 16 réus apontados pelo Ministério Público de Minas Gerais foi a julgamento. Ainda há três pessoas desaparecidas. Cada cruz colocada na Esplanada tem o nome de uma vítima do rompimento da barragem.
Segundo o deputado Pedro, o ato tem o intuito de chamar a atenção para a necessidade contínua de responsabilização, justiça e aprimoramento das políticas de segurança nas atividades de mineração que impactam diretamente a vida e o bem-estar da população.
“Este é um momento de reflexão e solidariedade. Não podemos esquecer as vidas perdidas em Brumadinho e devemos continuar lutando para que os responsáveis respondam pelo ocorrido e reforçar a segurança para que tragédias como essa não se repitam no futuro”, afirma o parlamentar.
A Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho cobra justiça, preservação da memória das vítimas e prevenção para que tragédias como essa não se repitam. “São 5 anos de saudades, são 5 anos de luta, de dor e resistência. As famílias das 272 vítimas da barragem da Vale em Brumadinho não esqueceram de seus amados”, pontua a associação.
“A Vale sabia pelo menos desde o rompimento da barragem em Mariana, três anos antes, que o refeitório e as instalações administrativas estavam localizados dentro da rota da lama de detritos de mineração e que as rotas de fuga não seriam efetivas. Por isso, os familiares das vítimas de Brumadinho seguem mobilizados para que o processo na justiça federal, que busca responsabilizar a Vale, Tüv Süd (empresa que emitiu o certificado) e 16 réus, que eram diretores e gestores nas empresas, avance e tramite de forma célere”, acrescenta.
Via correio braziliense