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Dia da Mulher: Única motorista de ônibus de Cacoal vence preconceito

A rotina diária de Diná de Pinheiro, de 39 anos, começa às 6h em (RO), município a cerca de 480 quilômetros de . Em um espaço geralmente dominado por homens, ela é a única motorista de ônibus coletivo na cidade. Feliz com no emprego, que exerce há um mês, ela trabalha com veículos pesados há dois anos e afirma ainda ver muito preconceito no meio, mas diz não se importar e já tem motivado outras mulheres.

De acordo com Diná, o gosto pela profissão começou por influência do ex-marido, que também era motorista. “Ele comprou um carro e deixou aqui em casa. Como ele não tinha tempo para me ensinar, o jeito foi aprender sozinha. Porém, nunca havia pensado em ganhar a vida com isso. Comecei dirigindo caçamba em uma empresa de civil depois passei para um ônibus escolar e agora estou no coletivo”, relembra.

A motorista tem o apoio da família  para seguir na profissão (Foto: Rogério Aderbal/G1)
A motorista tem o apoio da família para seguir na
profissão (Foto: Rogério Aderbal/G1)

A motorista cumpre dupla jornada de trabalho. Após passar mais de seis horas trafegando pelas vias da cidade, ela precisa voltar para casa e dar atenção à família, composta por três filhos e um neto. Mas isso não é problema, pois por lá todos dizem ter orgulho da mãe.  “Ela é uma guerreira. Tenho muito orgulho dela por isso”, conta o Weliton Lacerda, de 17 anos, que assim como o pai, pretende ganhar a vida como motorista de carreta.

Diná conta que ainda existe preconceitos pelo fato dela ser mulher em uma profissão dominada pelos homens. “Qualquer pequeno erro já gritam. Não ligo para isso. Sigo meu trabalho de cabeça erguida”, esclarece.

Elogios
Apesar do pouco tempo na profissão, o trabalho já recebe elogios dos chefes e passageiros. “Ela é uma mulher batalhadora. Já passou por várias dificuldades na vida e continua firme. No trabalho, exerce suas funções com o mesmo profissionalismo de qualquer motorista do sexo masculino. Isso não influencia”, ressalta Valdomiro Corá, um dos proprietários da empresa onde Diná trabalha.

A pensionista Almerinda Begi, moradora do distrito Riozinho, conta que já viajou algumas vezes com Diná e a parabeniza pela coragem. “No começo eu achei meio estranho uma mulher dirigindo ônibus. Quando entrei no carro percebi que ela é bem cuidadosa. Sempre espera a gente sentar para sair, coisa que muitos motoristas não fazem. Quero parabenizar ela pela coragem”, conta.

A motorista alega que o carinho motiva para encarar o trabalho no dia-a-dia. “Essa demonstração de afeto por parte deles me deixa muito feliz. Esses dias uma mulher me disse que, por causa do meu exemplo, irá tirar sua carteira de habilitação. Isso me deixou muito feliz e emocionada”, ressalta Pinheiro.

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