Desmatamento em áreas protegidas na Amazônia, como terras indígenas, tem a menor taxa em 9 anos, aponta Imazon
Em 2023, foram derrubados 386 km² de floresta em terras indígenas e unidades de conservação, área que equivale ao tamanho de Belo Horizonte.
Em 2023, foram derrubados 386 km² de floresta em terras indígenas e unidades de conservação, área que equivale ao tamanho de Belo Horizonte.
As áreas protegidas na Amazônia Legal tiveram em 2023 o menor índice de desmatamento em nove anos, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados nesta segunda-feira (22).
👉 🌱 A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 9 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão).
No ano passado, foram derrubados 386 km² de floresta em terras indígenas e unidades de conservação, área que equivale ao tamanho da cidade de Belo Horizonte.
Em 2022, haviam sido 1.431 km². Com isso, é possível dizer que o desmatamento nesses territórios caiu quase quatro vezes neste ano quando comparado com o índice do ano passado: uma diminuição de 73% (veja no gráfico abaixo).
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que diferem da metodologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também divulgou números no começo deste mês.
Segundo o Imazon, os satélites usados são mais refinados que os dos sistemas do governo e são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que 3 hectares (entenda mais abaixo).
A diminuição do desmatamento nas áreas protegidas foi maior do que a queda geral na derrubada considerando a Amazônia Legal inteira, que despencou de 10.573 km² em 2023 para 4.030 km² em 2022, caindo uns 62%, quase um terço do tamanho original.
Dessa forma, ainda de acordo com os dados do Imazon, o desmatamento registrado de janeiro a dezembro do ano passado foi o menor em cinco anos.
🚨 Mas, apesar desse recuo, o desmatamento ainda está na casa de uns 1,1 mil campos de futebol por dia, um índice superior ao período entre 2008 e 2017, quando o Imazon instalou o SAD.