Desbloqueio do X no Brasil é resultado de atualização no app, diz associação de provedores
De acordo com a Abrint, X realizou atualização na noite desta terça-feira que dificultou bloqueio do serviço no Brasil; entenda
De acordo com a Abrint, X realizou atualização na noite desta terça-feira que dificultou bloqueio do serviço no Brasil; entenda
Na manhã desta quarta-feira (18), brasileiros foram surpreendidos pelo retorno do X (ex-Twitter) para alguns usuários. Desde o final de agosto, a rede social está suspensa no Brasil por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme reportado por alguns internautas, o acesso ao serviço pode ser realizado através do aplicativo do X. No Brasil, o X tem cerca de 24 milhões de usuários.
Em nota enviada ao IT Forum, a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) atribuiu o retorno parcial do serviço à uma mudança realizada pelo X em suas configurações.
De acordo com o órgão, o aplicativo X foi atualizado há aproximadamente 15 horas, durante a noite. A atualização trouxe uma mudança “significativa” em sua estrutura, que passou a utilizar endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare.
“A mudança para o Cloudflare torna o bloqueio do aplicativo muito mais complicado. Diferente do sistema anterior, que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente”, diz a Abrint.
“Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços”, continua a associação.
Cloudflare é considerado um proxy reverso em nuvem, utilizado por empresas para proteger e melhorar a performance de seus serviços online.
Segundo a Abrint, a atualização coloca os provedores em uma “situação delicada”. “Os provedores não podem tomar ações por conta própria sem uma orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio equivocado poderia afetar empresas legítimas”, aponta a associação em nota.
A Abrint diz ainda que aguarda uma “análise técnica e instruções da Anatel” antes de decidir quais medidas serão tomadas.
Via ITForum