Cinco mulheres podem disputar a Prefeitura de Porto Velho; já são nove homens cotados na corrida; e a UNIR com sérios problemas
A íntegra da coluna redigida por Sérgio Pires
A íntegra da coluna redigida por Sérgio Pires
CINCO MULHERES E NOVE HOMENS NA LISTA DAS POSSÍVEIS CONCORRENTES À PREFEITURA DA CAPITAL, NO ANO QUE VEM, MAS VEM MAIS GENTE PO AÍ!
Faltando um ano e sete meses para a eleição municipal de 2024, o assunto torna-se cada vez mais presente na vida política do Estado. Na Capital, as pré-candidaturas já se mobilizam, embora, é claro, muitas delas vão acabar ficando pelo caminho, até pela depuração natural que a reta final das campanhas define.
Em Porto Velho, há pela menos uma dezena de candidaturas muito viáveis, mesmo a tanto tempo do pleito. Partidos já estão conversando, personagens vão buscando ocupar cada vez mais espaço. No grupo feminino, por exemplo, já há nomes poderosos. A começar pela ex-deputada Mariana Carvalho, sempre cotada como uma das principais representantes das mulheres.
Há ainda a néo-deputada Cristiane Lopes, muito boa de votos na sua cidade, tanto que chegou à Câmara Federal e da senadora Fátima Cleide, do PT. Ela, contudo, ainda não estaria pensando numa disputa municipal, mas e nome sempre presente em qualquer relação de pré-candidatos. Fala-se muito também em Ieda Chaves, a mulher mais votada para a Assembleia Legislativa, mas em relação a ela há obstáculos. O primeiro deles é a vontade dela e a combinação com o marido, o prefeito Hildon Chaves, de que ela cumprirá seu mandato até o final. O outro é de ordem legal.
Prefeitos de outras cidades rondonienses, reeleitos, tentaram lançar a candidatura de suas mulheres, mas a legislação eleitoral não permitiu. Destaca-se também a médica Flávia Lenzi, que foi candidata a vice-governadora, na chapa liderada por Marcos Rogério. Da atual Câmara Municipal, a única mulher que teria alguma chance numa disputa à Prefeitura, seria Elis Regina. Márcia Socorrista, a outra edil, não pensa no assunto.
Entre os homens, há sim nomes que surgiram com muita força no cenário político, como o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Cruz, que chega com um potencial de votos dos mais expressivos e uma história de serviços prestados como vereador e parlamentar das mais destacadas. Mas há também, neste pacote, o ex-secretário de saúde, Fernando Máximo, o deputado federal mais votado de Rondônia. No mesmo contexto, não se pode esquecer de Léo Moraes, o jovem ex-deputado que sempre teve grande votação em Porto Velho e que sonha com a Prefeitura. Seria um erro crasso não incluir nessa lista nomes como os do ex-prefeito Mauro Nazif e do ex-secretário de saúde e ex-deputado Williames Pimentel.
Vinicius Miguel e Pimenta de Rondônia completam esta lista, ainda inicial e que pode mudar muito até o ano que vem. Há também, uma outra questão. PT, PSB, PDT e Rede estão conversando. Neste pacote, podem ser incluídos os nomes dos petistas Ramon Cujuí e Hermínio Coelho. Um dos dois pode ser o nome petista para a Prefeitura, em 20 24. Quanto mais próximo se chegar da disputa, mas claro ficará o quadro. A verdade é que, embora o calendário diga que ainda faltam 570 dias para a disputa, no mundo da política isso quer dizer que a eleição é daqui uma semana…
UNIR ESTÁ COM SÉRIOS PROBLEMAS, MESMO COM UM ORÇAMENTO ANUAL DE 480 MILHÕES DE REAIS
A Universidade Federal de Rondônia, mesmo com seu orçamento de mais de 480 milhões de reais, não está conseguindo resolver seus problemas. E eles parecem não ter fim. Um dos problemas está na própria estrutura de alguns dos prédios da universidade da Capital. Segundo o site Rondoniadinamica, pelo menos dois blocos dos prédios estariam correndo graves riscos, num nível que pode ser considerado crítico. Ou seja, segurança perto do zero e um perigo para quem estuda naqueles locais. Mas não é só isso. Estão faltando professores para cursos importantes e a direção da Unir alega que não tem orçamento para novas contratações, mesmo que emergenciais. Já não bastasse tudo isso, estão correndo investigações sobre casos de assédio sexual, inclusive com suspeitos espionando mulheres nos banheiros femininos. No meio dessa situação cada vez mais complicada, a reitora Marcele Pereira está com atestado médico há pelo menos três semanas. Talvez por isso, apenas agora o orçamento deste ano foi aberto, para análise do conselho universitário. Na questão da situação dos prédios das salas de aula do Curso de Direito, em dois dos blocos, estão correndo grave risco, seguindo laudo assinado pelo engenheiro civil Rodrigues Novais. Em todos os itens analisados – fiação elétrica, parte hidráulica, paredes, pisos, madeiramento, cobertura, tudo está condenado naqueles prédios analisados, segundo o laudo do profissional. Tem mais? Tem sim. O clima na Unir não está bom. Há uma grande disputa dentro da Universidade e a reitora tem tido forte oposição.
HILDON CHAVES É O PRIMEIRO PREFEITO DA CAPITAL A COMANDAR A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO, A AROM
Por pouco não houve unanimidade. Com 97 por cento dos votos válidos, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, foi eleito como o novo presidente da Associação dos Municípios de Rondônia, a AROM. Em toda a sua história, a pesquisa aponta que Hildon é o primeiro Prefeito da Capital a ocupar o posto, desde a fundação, em 5 de junho de 1993. Ou seja, no próximo mês, a entidade completa seus 30 anos de existência. Entre seus presidentes no passado, estão nomes ainda presentes na vida rondoniense, como José Bianco, Carlos Magno, Gislaine Lebrinha e Laerte Gomes, os dois últimos ocupando cadeiras na Assembleia Legislativa, atualmente. A AROM tem como finalidade prestar assessorias, orientações nas ações administrativas das Prefeituras, apoiar a elaboração de projetos para fins de convênios tanto em nível estadual quanto federal e, ainda, apoiar e orientar nas questões orçamentárias e financeiras aos Prefeitos. O atual presidente é o prefeito de Urupá, Célio de Jesus Lang. A eleição de Hildon Chaves amplia ainda mais seu espaço em nível estadual. Com uma administração e meia de sucesso em Porto Velho, ele é um dos nomes mais quentes para disputar o governo do Estado, na sucessão de Marcos Rocha. Cada vez mais conhecido em todas as cidades rondonienses, comandando a AROM o prefeito da Capital ocupa cada vez mais espaços da política regional. A posse pode acontecer durante a Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná.
EM JARU, MDB JÁ DEFINIU QUE JEVERSON LIMA, O ATUAL VICE-PREFEITO, DISPUTARÁ A PREFEITURA EM 2024
Se na Capital as coisas estão clareando na corrida do ano que vem, isso também está ocorrendo no interior. Em Jaru, por exemplo, se pudesse disputar um terceiro mandato, o prefeito Joãozinho Gonçalves já poderia encomendar o terno da posse. Como não pode, o grupo liderado por ele e pelo deputado federal Lúcio Mosquini, presidente regional do MDB, já definiram que o atual vice, Jeverson Lima, que inclusive assumiu o comando da Prefeitura por diversas vezes, será o nome do partido na disputa de 2024. Do mesmo grupo faz parte também o deputado estadual de primeiro mandato, Luis do Hospital, eleito com mais de 18.200 votos e que, se quisesse, também poderia entrar na disputa. Não quer, porque prioriza realizar um bom mandato na Assembleia Legislativa. Graças ao forte grupo político formado pelos emedebistas e com um representante em terceiro mandato na Câmara Federal (Mosquini) Jaru tem recebido milhões de reais em emendas e tem sido um dos municípios que mais cresce no Estado, com uma infraestrutura que melhora a cada momento. Um jovem vereador, eleito em 2012, hoje Jeverson está perto de completar 43 anos e é tido como um dos nomes mais quentes na sucessão às Prefeituras no Estado. Por enquanto, não surgiram nomes dos seus futuros oponentes nas urnas.
GRUPO DE DEPUTADOS LIBERA 600 MIL REAIS EM EMENDAS PARA APOIAR REALIZAÇÃO DO FLOR DO MARACUJÁ, EM JUNHO
Enfim, teremos a volta, finalmente, do nosso maior evento cultural: o Arraial Flor de Maracujá. Depois de longo tempo, pela pandemia e depois, por outros problemas, o evento foi interrompido. Retorna de 23 de junho a 2 de julho, no Parque dos Tanques. O primeiro e grande apoio veio da Assembleia Legislativa. Liderado pelo presidente Marcelo Cruz, um grupo de seis parlamentares garantiu, cada um, a liberação de emenda no valor de 100 mil reais. Os 600 mil reais vão ajudar – e muito – na volta por cima do grande evento da cultura rondoniense, que começou no início dos anos 80 e, se a história não enganar, completará 40 anos neste 2023. O apoio do Parlamento foi definido em reunião nesta semana, quando o secretário da Sejucel, Júnior Lopes, esteve reunido com os deputados Marcelo Cruz, Alex Redano, Edevaldo Neves, Ieda Chaves, Laerte Gomes e Ribeiro do Sinpol. Cada parlamentar confirmou o apoio no valor de R$ 100 mil, acumulando uma emenda coletiva no valor de R$ 600 mil para o evento. “Procurei reunir os deputados estaduais de Porto Velho para apoiarem esta grande festa que é tradição em nossa Capital. A Assembleia Legislativa não poderia ficar de fora dessa festividade”, destacou Marcelo Cruz. Após três anos sem ser realizado, o Flor do Maracujá foi declarado patrimônio cultural imaterial do Estado. O evento contará com apresentações de quadrilhas juninas e de bois-bumbás, além da feira gastronômica e vendas de artesanato, promovendo uma movimentação econômica, cultural e social da capital. “É importante se resgatar este evento tradicional que proporciona alegria ao porto-velhense e que movimenta nossa população, promovendo o encontro de famílias divulgando nossa cultura popular”, sublinhou o presidente da ALE.
OPERAÇÃO CONTRA BOLSONARO OFUSCA VITÓRIA DA OPOSIÇÃO, QUE CONSEGUIU IMPEDIR VOTAÇÃO DA LEI DA MORDAÇA
A operação da PF na residência do ex-Presidente Bolsonaro, com a prisão de ex-assessores dele, apreensão de celulares e outras medidas, obscureceu uma grande vitória da oposição, registrada no Congresso, na noite da terça-feira. Emparedado pela certeza da derrota no voto, o relator do projeto do Cala Boca, também conhecido como a Lei da Mordaça ou, ainda, a PL da Censura, o comunista Orlando Silva, pediu a retirada do projeto e a não votação. O presidente da Câmara, Arthur Lira, tratou de atender imediatamente o pedido. Os deputados da oposição comemoraram. Os rondonienses Fernando Máximo, Thiago Flores, Maurício Carvalho e Cristiane Lopes, divulgaram vídeos nas redes sociais ou emitiram notas, comemorando a retirada do projeto. Máximo anunciou, inclusive, o apoio a um projeto substitutivo que será encaminhado pela oposição, sobre o mesmo tema, condenando as Fake News, mas retirando todo o pacote de censura e controle da opinião pretendido pelo projeto governista. A tentativa do governo Lula (com sugestões do superhiperministro Alexandre de Moraes, que agora também participa de questões legislativas, embora nunca tenha recebido um só voto, via urnas, em sua vida) de recriar a censura, tem merecido duras críticas não só dentro do Brasil, como também foram dele. O assunto ainda vai merecer muitos debates. Não se sabe se e quando o projeto da Mordaça voltará à pauta da Câmara.
MOSQUINI PEDE A MINISTRO PREVENÇÃO À “MALDADE DO MST” E MAIS PRAZO PARA CUMPRIMEIRO DO CÓDIGO FLORESTAL
Foi mais uma conversa dura. O deputado federal Lúcio Mosquini cobrou, novamente, do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a criação, pelo governo federal, do que o parlamentar chamou de “uma expectativa de maldade”, que pode ser gerada através das invasões do MST, nas propriedades rurais de Rondônia e do Brasil. Durante seu discurso, na Câmara Federal, Mosquini disse que “tudo que o Ministério fizer de bom de um lado, o MST poderá desfazer do outro!”. Já com relação às ações do Ibama, o deputado voltou a afirmar que “é preciso mudar o marco temporal de 2008 para 2012”. Ele lembrou ainda que o Código Florestal foi sancionado em 2012, porém retroage para 2008, “para punir de forma rígida”. O que é necessário, afirmou, “é flexibilizar as punições. É um problema e vamos ter que enfrentar, porém não é possível continuar com os embargos, dando ao produtor apenas cinco dias de prazo para retirar seu rebanho ou produção”. Na semana que vem (quarta-feira, dia 10), o parlamentar rondoniense pretende reunir cerca de 100 parlamentares, entre deputados e senadores, “para juntos cobrarmos do Governo, um entendimento que possa oferecer um fôlego ao nosso povo, porque precisamos encontrar um ponto de equilíbrio entre a produção e o meio ambiente”. Mosquini disse ainda que precisamos ter um conceito do que é desmatamento ilegal e o desmatamento legítimo, para não tratar nosso povo com desumanidade. Quero alertar o ministro que se reduzirmos o estado de Rondônia em 30 por cento, o que será do nosso Estado?”, finalizou o deputado.
BAGATTOLI CRITICA AÇÃO CONTRA BOLSONARO EM VÍDEO E ATACA O STF E A CHAMADA GRANDE IMPRENSA
Ao menos até agora, a única voz, entre os políticos rondonienses, que se levantou contra a ação da Polícia Federal, determinada pela Justiça, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o senador Jaime Bagattoli. Aliado de primeira hora do bolsonarismo e seu líder maior, o representante de Vilhena e do Cone Sul no Senado da República fez duras críticas no que ocorreu nesta semana, em Brasília. Num vídeo gravado horas depois do evento, o senador do PL classificou a ação como “perseguição” e foi mais longe: afirmou que hoje, quem manda no Brasil, é o Judiciário, aproveitando também para alfinetar o que chamou de “grande imprensa”, neste pacote de perseguição ao ex-mandatário do país. No mesmo vídeo, Bagattoli aproveitou o embalo para criticar a chamada Lei da Mordaça, que o governo federal está tentando implantar no país. Disse que “pelo menos 70 por cento dos brasileiros não aceita esta legislação de censura. Culpou também o STF por, segundo afirma, está exercendo uma ditadura e quer a manter no comando do povo brasileiro. O vídeo, na integra, pode ser assistido pelo link https://www.folhadosulonline.com.br/noticias/detalhe/2023/assista-em-video-senador-rondoniense-reage-acao-do-stf-contra-bolsonaro-e-diz-que-brasil-vive-uma-ditadura-do-judiciario.
PERGUNTINHA
Como a volta do Flor de Maracujá, você acredita que teremos um Arraial do mesmo tamanho e com a mesma qualidade do que já assistimos no passado, durante vários anos?
Por Sérgio Pires