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Campanha de vacinação em Porto Velho alcança 3 mil doses aplicadas em áreas de difícil acesso

Foram organizados 28 pontos de vacinação em unidades, igrejas, escolas, ramais e até fazendas para levar imunização ao maior número de pessoas de todas as idades

Foram organizados 28 pontos de vacinação em unidades, igrejas, escolas, ramais e até fazendas para levar imunização ao maior número de pessoas de todas as idades

A Prefeitura de Porto Velho encerrou mais uma operação “Vacinação Sem Fronteira”, executada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Em sua terceira edição, a campanha busca imunizar moradores das zonas urbanas e rurais que vivem em áreas de fronteira, regiões de difícil acesso e porta de entrada de doenças.

Em Porto Velho, a ação aconteceu em toda a região da Ponta do Abunã e imunizou cerca de 3 mil pessoas. Foram 10 dias de trabalho em 7 distritos, 9 linhas rurais e comunidades, 2 igrejas, 8 escolas, 7 unidades de saúde e 2 visitas ao comércio, totalizando 28 pontos de vacinação com 15 profissionais envolvidos.

Além das unidades de saúde de cada distrito, foram organizados pontos de vacinação em igrejas, escolas urbanas e rurais e até em fazendas, com objetivo de levar imunização àqueles que possuem dificuldade de locomoção, beneficiando, assim, o maior número de pessoas, desde crianças até idosos.

A ação também aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Boa EsperançaA ação também aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Boa Esperança

A ação é idealizada pelo Governo do Estado, através da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), e executada pelos municípios rondonienses.

Secretária Municipal de Saúde em Porto Velho, Eliana Pasini explica que a Semusa emprega um grande esforço para integrar a operação, disponibilizando profissionais, veículos e insumos para garantir aumento dos índices de vacinação no município.

“É uma grande mobilização realizada em várias partes do estado. Fazemos questão de participar pela importância de levar a vacina aos locais mais longínquos e com maior fragilidade, que são as fronteiras e as comunidades rurais. É um trabalho cansativo, porém maravilhoso e gratificante”, pondera Pasini.

A professora Maria Augusta Rodrigues ajudou na divulgação para os pais e vizinhosA professora Maria Augusta Rodrigues ajudou na divulgação para os pais e vizinhos

VACINAÇÃO NOS DISTRITOS

Na região urbana, a ação aconteceu nos distritos de Nova Califórnia, Extrema, Vista Alegre do Abunã, Abunã, Fortaleza do Abunã, Nova Mutum, Jaci-Paraná, além da Vila da Penha. Nesses locais, os pontos de vacinação foram montados nas unidades de saúde, escolas e também igrejas.

Em Jaci-Paraná, por exemplo, as equipes percorreram o comércio local para levar os imunizantes aos trabalhadores que não conseguiram buscar o serviço na unidade de saúde.

Em Vista Alegre do Abunã, além da unidade de saúde, também foi montado pontos de vacinação na Escola Municipal Antônia Vieira Frota, um dos pontos de maior procura pelo serviço, com mais de 400 pessoas atendidas em apenas um dia, e na Escola Municipal Maria Casaroto Abati.

Mirian Conceição Santos foi a primeira a chegar na escola Boa Esperança, juntamente com a filhaMirian Conceição Santos foi a primeira a chegar na escola Boa Esperança, juntamente com a filha

Na Vila da Penha, localizada cerca de 35 quilômetro do distrito de Abunã, a vacina chegou até as casas das pessoas com dificuldade de locomoção e acamados.

VACINAÇÃO NA ZONA RURAL

Comunidades rurais localizadas em áreas distantes dos distritos atendidos também receberam a operação “Vacinação Sem Fronteira”, algumas pela primeira vez. É o caso da Linha F – PA São Francisco, localizada entre os distritos de Nova Mutum e União Bandeirantes, cerca de 40 quilômetros de cada localidade.

A ação aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Boa Esperança, que abriu as portas para toda a comunidade local. A professora Maria Augusta Rodrigues ajudou na divulgação para os pais e vizinhos. “É muito importante para nós aqui na linha receber esse serviço praticamente em casa. Encurta a distância e atrai quem precisa da vacina”, relatou a professora.

Ação visa levar imunização àqueles que possuem dificuldade de locomoçãoAção visa levar imunização àqueles que possuem dificuldade de locomoção

Mirian Conceição Santos atendeu ao chamado da campanha “Vacinação Sem Fronteira”. Foi a primeira a chegar na escola Boa Esperança, juntamente com a filha de quatro anos, Yasmin Ferreira Santos. Ambas receberam todas as doses de proteção que estavam pendentes no cartão de vacina.

“Eu e minha filha recebemos quatro vacinas cada uma. Foi sofrido para nós duas, mas estou saindo muito satisfeita e com a certeza que estamos protegidas. Eu gostei muito do serviço perto de casa, moro aqui ao lado e se fosse para ir no distrito, teria que ir de moto, é bem complicado. Aqui vim caminhando, muito bom”, elogiou a mãe.

Esse ano a prioridade foi levar o serviço para locais ainda mais distantesEsse ano a prioridade foi levar o serviço para locais ainda mais distantes

Já no distrito de Vista Alegre do Abunã, um dos pontos da operação aconteceu na Fazenda Pica Pau, situada a 40 km do distrito e próxima da Vila Curuquetê, comunidade amazonense localizada ao sul do município de Lábrea.

Na fazenda, a campanha atendeu todos os trabalhadores, além de moradores da Linha 1, Linha 2, Vila do Coruquetê e outras glebas do Amazonas, como o casal Fernanda Conceição e Marcinei Parlote, moradores do Ramal Coiti, no estado do Amazonas, distante 70 quilômetros de Vista Alegre do Abunã, que buscaram o serviço para eles e os dois filhos.

A coordenadora da Divisão de Imunização da Semusa, Elizeth Gomes, explica que esse ano a prioridade foi levar o serviço para locais ainda mais distantes, onde a vacinação nunca esteve antes.

Na fazenda, a campanha atendeu todos os trabalhadoresNa fazenda, a campanha atendeu todos os trabalhadores

“Essa campanha sempre se desloca para a zona rural, mas desta vez fizemos questão de ir às linhas onde nunca estivemos antes, para levar a vacina àqueles que não possuem condições de deslocamento até o serviço”, explicou Elizeth.

TECNOLOGIA DOS DADOS

Para os escriturários, profissionais que trabalham na catalogação dos dados dos vacinados, a Semusa disponibilizou tablets para registro de informação em tempo real. Nas áreas rurais, sem sinal telefônico ou de internet, os dados foram registrados no formato offline e contabilizados posteriormente, com rede de internet.

Elizeth Gomes explica que “os aparelhos facilitaram muito o trabalho das equipes, pois além de dar celeridade na inserção das doses aplicadas no sistema, também ajudou na verificação da situação vacinal daquelas pessoas que não estavam com o cartão de vacina em mãos, resultando numa maior cobertura e na busca ativa ainda mais eficiente”.

Texto: Luciane Gonçalves
Fotos: Cléris Muniz

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