“Se houver esse alinhamento, a planta e o processo evoluirão em tempo hábil”, disse a reitora Berenice Tourinho.
O prédio terá clínicas especializadas – ortopedia, obstetrícia, pediatria, unidade de terapia intensiva, laboratórios e outras alas. Segundo Berenice Tourinho, a Unir não tem como alugar ou comprar o terreno, mas está condições de recebê-lo.
Ao vice-governador Daniel Pereira, a reitora também propôs a facilitação do acesso ao local das futuras obras. A desoneração do custo do transporte coletivo e o projeto para a conservação de uma nascente d’água , por exemplo.
Dos 350 leitos, pelo menos 150 deverão funcionar até 2018, antes da conclusão das obras físicas, inicialmente avaliadas em R$ 136 milhões. Os recursos sairão dos ministérios da Saúde e de Educação.
Daniel Pereira lembrou que já existe acesso rodoviário da área a ser edificada à rodovia BR-364 e já é possível projetar o crescimento daquela região a curto e médio prazos. “Prioridade a gente dá”, observou.
O gerente do Serviço de Patrimônio da União (SPU), Antonio Roberto dos Santos Ferreira, anunciou a retomada do terreno do antigo aeroclube para liberar a área a ser edificada. O aeroclube receberá outra.
O HU será administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, estatal que se responsabiliza pela licitação, concurso público, seleção de pessoal, pagamentos e relações interinstitucionais. No País, 37 hospitais universitários estão sob sua gestão.
O Projeto do Hospital
Após a doação da área e da licitação do projeto, as obras terão início e seguirão o cronograma estipulado pelo MEC. Quando a unidade hospitalar estiver pronta e equipada, serão contratados profissionais para atuar no local. “Como a Unir não tem hoje nenhuma um unidade de saúde, ela não tem corpo técnico para essa área, que deverá ser contratado”, disse o pró-reitor, complementando que o funcionamento do hospital terá o apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O Hospital Universitário de Rondônia será uma unidade hospitalar de alta complexidade. Funcionarão no estabelecimento atendimento de emergência e clínicas especializadas, como ortopedia, cirurgia, pediatria e outros. Além disso, os alunos da Unir passarão a prestar estágio e internato no HU. Hoje, os estudantes de medicina são obrigados a seguirem para a rede estadual de saúde.
Atualmente, além de Rondônia, outros quatro estados não possuem Hospital Universitário: Amapá, Piauí, Roraima e Tocantins.
Pesquisa
Ana Lúcia analisou os critérios para o fluxo de pessoas no futuro hospital, lembrando que o fluxo do Hospital de Base Ary Pinheiro já ultrapassa diariamente mais de 2,5 mil pessoas. O Hospital Pronto-Socorro João Paulo II [Bairro da Floresta] vive situação semelhante, pois recebe também pacientes dos demais municípios.
“Isso onera os custos que são bancados pelo Estado. Nos dois últimos anos do curso, alunos ocupam todas as unidades de saúde”, disse.
Evitar o êxodo
Residentes da Capital e do interior de Rondônia deverão ter à disposição um restaurante e um grande alojamento. Universitários de medicina terão pensão completa. Alunos de medicina na Unir passarão a prestar estágio e internato no HU. Atualmente, eles frequentam a rede estadual de saúde.