Professor Mário Jorge Sousa de Oliveira, membro do Conselho Estadual de Educação e vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia faz um alerta para os riscos do retorno às atividades escolares de forma presencial, em meio à pandemia da Covid-19 e pede prudência e bom senso das autoridades em ensino e da comunidade, pois a pressão econômica, o cumprimento do ano letivo e critérios pedagógicos não podem estar acima da saúde e da vida.
Segundo ele, o retorno às aulas não pode levar em conta apenas a curva epidemiológica de casos de mortes apresentados pelos órgãos de controle, mas também a taxa de transmissão do vírus. Mário Jorge chama atenção para o risco de contágio do vírus em sala de aula, de as crianças serem contaminadas e transmitir o vírus para os pais, avós ou outros familiares e profissionais da educação.
Pesquisas mostram que crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos podem espalhar o vírus na mesma intensidade que os adultos. Portanto, à medida que as escolas forem reabrindo, haverá uma grande possibilidade de surgirem novos focos de contaminação.
Mário Jorge afirma que ao se pensar no retorno às aulas presenciais é preciso defender as normas e orientação das instituições de saúde e do cumprimento fiel de todo protocolo sanitário, com a máxima segurança para todos.
Outro fator que precisa ser considerado, na visão do integrante do Conselho de Educação é a condição em que estará submetido o professor, pois terá que acumular duas jornadas de trabalhos, se desdobrando na regência presencial para uma turma e virtual em outra. Apesar disso, entre as autoridades não se fala em nenhum tipo de remuneração compensatória ao extremo excesso de atividades escolares, causando ao professor um grande transtorno familiar entre a separação do horário de trabalho e de descanso.
Mário Jorge destaca que oportuna é a ação dos governantes continuarem investindo para que todos os profissionais da educação e alunos tenham acesso aos pontos de internet e suporte tecnológico, garantindo desta forma, o melhor desempenho e aprendizagem dos alunos.
Diante de tais motivos, o membro do Conselho Estadual de Educação e vice-presidente do Sindsef/RO, acredita ser temerário o retorno às aulas em 2020. Para Mário Jorge, o ideal seria trabalhar com a comunidade escolar e deliberar o retorno presencial somente para 2021, levando – se em conta, os indicadores de controle sobre a pandemia, dente eles, a própria vacina.