O autor do texto foi questionado em comentários sobre o “outro lado”. Não há informações específicas sobre a postura das empresas ou de resultados em processos judiciais
Porto Velho, RO – Ricardo Meier, que se descreve como criador do site ‘‘Airway’’, inaugurado em 1996 como revista, veiculou texto intitulado:
Em suma, o texto fala sobre a situação que ocorre no Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia, onde, apesar de responder por apenas 0,5% do tráfego aéreo de passageiros no Brasil, concentra milhares de processos judiciais movidos por passageiros contra as companhias aéreas.
O artigo revelou que, entre janeiro de 2022 e junho de 2023, quase 25 mil ações foram abertas contra as companhias aéreas na região, e dois terços dessas ações envolvem a Azul Linhas Aéreas, que voava para cidades como Manaus, Vilhena e Cuiabá a partir de Porto Velho.
Os motivos dos processos são principalmente cancelamentos e atrasos de voos, mas também há pedidos de indenização por danos morais. Esses processos são intermediados por escritórios de advocacia especializados em representar passageiros.
A alta probabilidade de ganhar ações judiciais no estado parece estar incentivando mais reclamações, já que apenas 10% dos processos movidos contra a Azul deram ganho de causa à companhia aérea.
Diante da insegurança jurídica e do alto número de processos, a Azul e a Gol decidiram reduzir a quantidade de voos que atendem a região de Rondônia. A Gol cancelou o voo entre Porto Velho e Manaus e reduziu sua oferta de assentos em 48% no estado. A Azul também fez ajustes na sua malha aérea devido ao elevado índice de judicialização na região. Ambas as companhias afirmam que estão buscando soluções para minimizar os impactos aos clientes e, caso isso aconteça, têm interesse em retomar seus voos na região.
Pelo menos dezessete comentários foram postados no texto. O primeiro diz:
“Ué, que procurem outros meios para viajar, seja de barco, ônibus, bicicleta ou as pé, rsrsrsrsrsrs. Como diz aquele famoso bordão: “Quem procura acha”. Azar de quem realmente precisa sem ter a intenção de prejudicar outrem. [sic]”.
Outro alega:
“Infelizmente, muitos pretendem adquirir produto ou serviço já com segundas intenções, aquelas de quererem levar vantagem alegando danos diversos. Lamentável para quem realmente deseja ganhar tempo com o vôo. Já aos demais que façam curso de pilotagem de cipó a exemplo do Jim das Selvas, do Tarzan, etc”.
Houve contrassenso:
“Essas companhias aéreas se acham “deuses”. Ridículo isso. Vendem poltronas a mais nas passagens só pra encher o avião. Fora a romantização da profissão. Querem ter status de médico sem ser um. Babaquice. Logo brota uma nova Cia aérea aí pra aérea”, disse uma moça.
Por fim, houve quem pediu uma visão mais ampla dos fatos narrados no artigo:
“Que tal fazer uma reportagem sobre a discrepância entre as taxas de cancelamento de voos comparando entre Rondônia e o restante do país?
A Cia aérea tem também a obrigação de prestar um serviço de qualidade conforme o adquirido pelo passageiro. A opção por prestar um serviço de qualidade deveria ser a forma de resolver o problema.
Em resumo Rondônia tem:
A maior taxa de cancelamentos e descumprimento de contrato do Brasil.
A maior taxa de judicialização do Brasil.
Uma baixa taxa de ganho judicial para as cias aéreas (o que demonstra que elas estão constantemente erradas nos processos analisados).
Somando tudo isso uma parcela ainda acha que a culpa é da população que vai atrás dos seus direitos”.
rondoniadinamica