Uma reforma administrativa capenga que beneficiou uma pequena parcela de servidores públicos, a falta de valorização profissional – que só privilegiam apadrinhados através do excesso de cargos em Comissão – e ainda as reiteradas desculpas do Governo do Estado para não negociar as pautas salariais e benefícios da categoria. Essas são apenas alguns dos motivos que deverão levar os servidores do Administrativo estadual a entrar em greve.
O anúncio foi feito nesta terça-feira pelos dirigentes do sindicato da categoria, o Sintraer, após a realização de uma assembleia geral realizada antes do feriadão da semana passada. Segundo o diretor Paulo Durand, esta semana, haverá uma reunião para definir o indicativo de greve e levar ao conhecimento do Governo do Estado para que possa haver um acordo. A paralisação do pessoal administrativo significará engessamento parcial do Executivo em todo o Estado.
Ao falar sobre a decisão, Paulo Durand manteve o discurso que o Sintraer vem sustentando em toda a gestão Confúcio Moura, dentre elas a farsa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que limita o percentual gasto com servidor na folha de pagamento. Segundo o dirigente, a arrecadação do Estado não diminuiu como diz o Executivo que ainda assim vem sistematicamente usando e abusando da criação de cargos comissionados em todas as secretarias.
Segundo a diretora Mirtes Feitosa, a reforma administrativa beneficiou somente parte da Segep – Secretaria de Gestão Pública – discriminando, de forma flagrante, a isonomia constitucional. De acordo com a dirigente, o sindicato pretende fazer um ajuste na Lei de forma a corrigir as distorções criadas. Na próxima sexta-feira 16.10, a categoria se reúne novamente para votar o indicativo de greve.