Servidores da educação decidem manter greve em Guajará-Mirim

Grupo se reuniu com vereadores, mas não chegaram a um acordo.  Paralisação afeta quase cinco mil alunos da cidade, segundo Sintero.

Os servidores municipais da educação de Guajará-Mirim (RO) não entraram em acordo com os vereadores da cidade e decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada há nove dias. A reunião foi feita nesta terça-feira (1°). De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero), grevistas e parlamentares discutiram propostas e a pauta de reivindicações para tentar chegar a um acordo. Cerca de 4,5 mil alunos estão sem aulas no município.

Em entrevista ao G1, a diretora regional do Sintero, Marileth Soares, disse que a Câmara Municipal de Vereadores fará uma lei autorizando o aumento de 5% no repasse à educação, conforme acordado em reunião. A movimentação da categoria iniciou no último dia 16, mas somente  no dia 23 de fevereiro os servidores paralisaram completamente as atividades.

“Não temos um calendário de pagamento e nem do sexto de férias. Temos cerca de 70% da nossa categoria paralisada para lutar pelos nossos direitos. Só iremos retornar quando for concretizado esse projeto de lei e assinado pelo prefeito Dúlcio Mendes. De forma nenhuma haverá um retorno, sem resolver esse impasse”, declarou.

O vereador Fábio Garcia comentou sobre a reunião e a situação da educação no município. “Nos reunimos com os professores e colocamos sob a deliberação do plenário e a concordância foi unânime. Aprovamos um requerimento de um percentual de 5% do poder legislativo para poder ajudar a pagar os salários dos servidores. Os repasses federais baixaram muito, não só aqui em Guajará, mas em várias cidades. Isso agravou os problemas que já existiam”, explicou o parlamentar.

O G1 tentou contato com o prefeito Dúlcio Mendes, mas não obteve retorno. De acordo com a prefeitura, o prefeito está doente e realiza um tratamento de saúde.

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