Desde a manhã desta terça-feira (20) o assunto que tomou a atenção de todos foi o sequestro de um ônibus com 37 passageiros reféns na Ponte Rio-Niterói, na capital carioca. O crime iniciou às 6h da manhã. Após render os passageiros, o criminoso havia despejado gasolina sobre o inteiror do veículo e ameaçado incendiá-lo. Equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) isolaram e vigiaram o local enquanto agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) tentavam negociar.
A tensão se estendeu até por volta de 9h, quando o sequestrador William Augusto da Silva, de 20 anos, foi alvejado por um atirador de elite. Segundo a polícia, ele estava com um isqueiro na mão e representava um risco iminente às vidas dos reféns.
Segundo a recepcionista Rafaela Gama, o sequestrador perguntou aos reféns se eles “lembravam do filme 174” e disse que queria fazer algo parecido: “Ele dizia que queria parar o estado”, relata ao UOL
Toda essa ação de traumática não é novidade no Rio de Janeiro. um dos casos mais notórios chegou até a ser contado nas telas de cinema.
Da realidade à ficção… de volta à realidade
Em junho de 2000, Sandro Barbosa do Nascimento fez reféns durante quase cinco horas dentro de um ônibus da linha 174 (Central-Gárvea), no Rio. Ele também foi assassinado. Eram 14h20 do dia 12 de junho de 2000 quando Sandro Barbosa do Nascimento, 21, entrou no ônibus 174 (Central-Gávea) com um revólver calibre 38. Um passageiro conseguiu sinalizar para um carro de polícia 20 minutos depois, e o ônibus foi interceptado.
O crime foi documentado no filme “Ônibus 174”, de 2002, dirigido por José Padilha (Tropa de Elite I e II). O filme usa as imagens ao vivo por horas, em 12 de junho de 2000, paralisando o país. Paralelamente a este episódio, desvenda-se a história de vida do sequestrador, intercalando imagens da ocorrência policial feitas pela televisão. Também em 2008, o sequestro foi encenado no filme “Última Parada 174”