Sedam autoriza manejo do pirarucu na região do Lago Cortes de Mercedes em Guajará-Mirim

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) autorizou o manejo do pirarucu (Arapaima gigas) na região do Lago Cortes de Mercedes, no município de Guajará-Mirim, para ajudar no desenvolvimento local, favorecendo os pescadores profissionais e artesanais atingidos pela construção da usina hidrelétrica de Jirau.

O plano de manejo licenciado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) atende a associados da Colônia de Pescadores Z-2 de Guajará-Mirim, e foi aprovado com base em estudos iniciados em 2013, tendo em vista que a pesca do pirarucu nativo era proibida. A liberação para os atingidos pela construção das usinas no rio Madeira tem amparo na Lei nº. 3.568, de 10 de junho de 2015.

As atividades foram iniciadas em 6 de outubro com término previsto para o próximo sábado (31), com acompanhamento de uma equipe da Sedam de Porto Velho, técnicos do Escritório Regional de Guajará-Mirim e do Ibama, no período de 13 a 16 de outubro deste mês.

Os estudos foram feitos pela empresa Acardis, contratada pelo consórcio construtor da Usina de Jirau, sob a responsabilidade técnica do oceanógrafo uruguaio Marcelo Crossa; e da engenheira de Pesca Atielli Oliveira. Pelo plano, a captura está autorizada em 46 lagos lacustres da região.

Os pescadores capturaram até agora 44 unidades. Comprovado que o pirarucu tem tamanho mínimo 1,30 metro, a carne é salgada, seca e embalada para comercialização no próprio município. Os pescadores estão autorizados a capturar até 250 unidades, no prazo de um mês.

A gerente de Pesca da Sedam, Marli Lustosa, afirmou que não é competência da Secretaria monitorar as matrizes de pirarucu para produção em cativeiro. Os chip são fornecidos pelo o Ibama e o Ministério da Pesca que realizam o controle das espécies destinadas aos empreendimentos em cativeiro.

As técnicas de manejo deverão ser estendidas a outras regiões produtoras de Rondônia, como Jacy-Paraná e o Lago do Cuniã. Marli Lustosa explicou também que a antecipação solicitada pelos próprios pescadores para que o período do “defeso” seja iniciado em 1º de novembro aguarda a publicação de nova portaria federal para então o estado poder fazer os ajustes.


Fonte
Texto: Abdoral Cardoso
Fotos: Sedam
Secom – Governo de Rondônia

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