Do Blog da Luciana –O evento obrigatório ao processo de desestatização das distribuidoras da Eletrobrás, em Porto Velho (RO), promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES, terminou com os representantes do governo golpista de Michel falando às moscas.
Aqui, o que está em jogo é a venda da Centrais Elétricas de Rondônia que distribui energia para 52 municípios alcançando, inclusive, as regiões mais carentes e distantes. Comunidades ribeirinhas e quilombolas também são atendidas, o que garante à empresa pública relevante função social.
Um forte esquema de segurança foi montado com fechamento de ruas e aparato policial desproporcional à necessidade. Vencido os obstáculos de acesso ao local, o público teve que se submeter à revista e credenciamento, o que atrasou a entrada no auditório.
Às pressas foi iniciada a audiência e diante da recusa de aguardar a entrada do público, um grupo de manifestantes ocupou a mesa destinada a representantes do BNDES, Consórcio Mais, Eletrobras e Ministério das Minas e Energia.
Com o tumulto controlado, o público lotou o auditório para ouvir os motivos e promessas de vantagens da privatização da Ceron.
No roteiro de participação da audiência estava claro que o objetivo era “escutar a sociedade e coletar contribuições para o processo de desestatização”.
E escutaram. Quem usou o microfone condenou a proposta de venda da Ceron por 50 mil reais.
O público desprezou respostas ensaiadas e desconectadas da realidade local e se retirou deixando o local praticamente vazio.
Só este blog acompanhou tudo do início à retirada do público. Apenas um veículo de televisão compareceu por alguns minutos.
Nenhum parlamentar esteve presente.
Com o fracasso da Reforma da Previdência, Michel Temer voltou a defender a pauta da desestatização das distribuidoras da Eletrobras e pressiona votação.
As distribuidoras a serem vendidas a preço de banana atendem mais de 13 milhões de habitantes em seis Estados do País (Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima), numa área de aproximadamente 2,46 milhões de km², correspondente a 29% do território nacional.
Autor / Fonte: Luciana Oliveira