Populações de Rondônia e outros estados da Amazônia ingerem mercúrio acima do limite aceitável, revela estudo científico

Pesquisa abrange seis estados e 17 municípios da Amazônia e traz alerta sobre contaminação por mercúrio em peixes

Porto Velho, RO – O artigo acadêmico que expõe a ingestão diária excessiva de mercúrio pelas populações da Amazônia ganhou destaque na edição de setembro da revista Toxics, publicada pelo MDPI (Multidisciplinary Digital Publishing Institute).

A publicação científica está disponível em acesso aberto e revela dados alarmantes sobre a contaminação por mercúrio em peixes da região, com foco especial em Porto Velho e outros importantes centros urbanos amazônicos.

Realizada nos principais centros urbanos da Amazônia, a pesquisa abrangeu seis estados e 17 municípios, incluindo as capitais Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus, Porto Velho e Rio Branco.

Os resultados revelaram que os peixes da região apresentaram níveis de contaminação por mercúrio acima do limite aceitável de 0,5 µg/g, estabelecido pela ANVISA.

O estudo foi conduzido por uma equipe de pesquisadores de instituições renomadas, incluindo a ENSP/Fiocruz, a EPSJV/Fiocruz, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Greenpeace Brasil, Iepé, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil. Em maio deste ano, essas entidades já haviam divulgado amplamente os principais resultados em uma nota técnica de alerta, chamando a atenção para o cenário preocupante de contaminação mercurial na região. No artigo recém-publicado, os pesquisadores apresentam mais detalhes, incluindo resultados discriminados por municípios e níveis médios de mercúrio detectados nas espécies de peixes mais consumidas.

Porto Velho, como uma das cidades estudadas, não escapou dessa problemática. O estudo aponta a necessidade de medidas urgentes para garantir a segurança alimentar das populações amazônicas que dependem do consumo de peixes. Além disso, são oferecidas orientações nutricionais para o consumo seguro dos pescados estudados, visando a minimizar os riscos associados à ingestão de mercúrio.

A pesquisa e seus resultados são de extrema relevância não apenas para Porto Velho, mas para toda a Amazônia e para o debate sobre a conservação do meio ambiente e a saúde das comunidades que dependem dos recursos naturais da região. Para saber mais e acessar o artigo completo, visite o link: informe.ensp.fiocruz.br/noticias/54557.

 

 

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