Ouro Preto do oeste, RO – O sócio-gerente do Hotel Fazenda Coimbra Park e o funcionário que operava a tirolesa no dia em que a cliente Rosania Godoi Paiva Chagas caiu do equipamento de esporte de aventura, vindo a morrer semanas depois, poderão responder por homicídio culposo. A afirmação é do delegado Ícaro Alex, responsável pelo inquérito que já está em sua fase final.
Ícaro informou que no decorrer das investigações pôde constatar que a empresa foi totalmente negligente ao disponibilizar a atividade de tirolesa ao público sem oferecer qualquer tipo de treinamento específico para o funcionário que operava aquele equipamento. O delegado disse também que no local não havia nenhuma pessoa treinada para prestar primeiros socorros, tampouco uma ambulância ou veículo adequado para o transporte de clientes caso viessem a se ferir.
Em decorrência desta falha por parte do Coimbra Park, Ícaro relatou que a vítima foi transportada de forma precária e que não foram tomadas as medidas cabíveis referentes aos primeiros socorros adequados a Rosania.
O responsável pelas investigações ressaltou que, após ter ouvido praticamente todas as testemunhas, tudo indica a negligência e até mesmo imprudência por parte do estabelecimento.
“Em breve iremos finalizar o inquérito e o sócio-gerente do Hotel Coimbra e o funcionário que operava a tirolesa muito provavelmente serão indiciados por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar)”, finaliza o delegado.
Rosania, após cair da tirolesa, sofreu fratura em uma das pernas, além de ter machucado o tórax e crânio. No dia 16 de janeiro deste ano, após ficar internada aproximadamente 25 dias na UTI de um hospital de Porto Velho, não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.