Polícia Civil faz operação na Câmara de Ji-Paraná; Poder municipal diz que presos não tem ligação com o Legislativo da cidade

A incursão, denominada como Arauto, foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, 27

A Câmara Municipal de Ji-Paraná foi alvo da Operação Arauto, deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia na manhã desta sexta-feira (27).

A empreitada foi desenvolvida pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de Cacoal (DRACO 2).

De acordo com a instituição, a ação teve como objetivo a desarticulação de suposto grupo criminosos que, segundo a PC/RO, atuava na Região Central do estado a fim de se beneficiar do dinheiro pertencente ao erário.

Isto, ainda segundo a entidade, mediante a prática de supostos ilícitos de corrupção ativa, passiva, extorsão, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

As investigações perpetradas até agora indicam que o grupo atuava praticando “verdadeiro contrabando legislativo” com intenção de articular e obter a aprovação de lei municipal.

A ideia era conseguir o pagamento de precatórios conforme suas intenções.

Lado outro, em contrapartida, “partes dos valores de honorários e sucumbência dos advogados das ações, seriam repassados aos investigados e vereadores envolvidos”, indicam as autoridades investigadoras.

Na visão da PC/RO, a operação visa ainda proteger e garantir os “direitos dos advogados previsto na Lei n. 8.906/94, bem como dos servidores municipais”.

Ao todo, 14 medidas cautelas foram cumpridas; quatro prisões temporária, seis mandados de busca e apreensão além de outros quatro pedidos de afastamento da função pública.

“Dentre os investigados, estão servidores públicos municipais de Ji-Paraná/RO e dois vereadores do referido município”, indica a DRACO 2.

Dentre os locais de busca, além da residência dos investigados, a sede da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná foi alvo de medida.

Câmara nega envolvimento de pessoas ligadas ao Poder

Em nota oficial dirigida à imprensa regional, o Poder Legislativo municipal alega que a “Operação está ligada a ação de pessoas que não tem ligação com esta Casa de Leis, tanto que as prisões preventivas são de pessoas sem vínculo com a Câmara Municipal”.

VEJA O COMUNICADO NA ÍNTREGRA:

Sobre a Operação Arauto, desencadeada na manhã desta sexta-feira (27) pela Polícia Civil de Rondônia, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná esclarece que trata-se de busca e apreensão de bens, já cumprida, e que teve ampla colaboração da Procuradoria do Departamento Legislativo da Casa de Leis.

Esclarece ainda que a origem da Operação está ligada a ação de pessoas que não tem ligação com esta Casa de Leis, tanto que as prisões preventivas são de pessoas sem vínculo com a Câmara Municipal.

A citação de nomes de vereadores pelos investigados, como está escancarado nos autos do processo judicial, “não pode, por si só e a grosso modo, ser interpretada como prova lícita” e em nenhum momento há citação por parte dos envolvidos que algum vereador seria beneficiado por dinheiro proveniente das ações, ora investigadas.

Por fim, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná esclarece que continuará contribuindo com as autoridades e que mantém sua transparência ampla, repudiando toda e qualquer ação que vá contra os princípios constitucionais da República.  

CÂMARA DE VEREADORES DE JI-PARANÁ

Departamento de Comunicação
Câmara Municipal de Ji-Paraná (CMJP)

Comments (0)
Add Comment