A Polícia Federal intimou Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da assessoria de combate à desinformação do TSE, para depoimento na quinta-feira (22/8) às 11h, em São Paulo. Tagliaferro vazamento de informações reveladas pela Folha de S.Paulo, busca esclarecer a suposta atuação do ministro Alexandre de Moraes fora do rito, incluindo a possível imposição não oficial de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões contra bolsonaristas no inquérito das fake news no STF, durante e após as eleições de 2022.
Prisão anterior
Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE e envolvido em trocas de mensagens publicadas pela Folha de S. Paulo, foi preso em 9 de maio de 2023 por violência doméstica e disparo de arma de fogo. O incidente ocorreu em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, e levou à exoneração de Tagliaferro no mesmo dia. Ele atuava desde 16 de agosto de 2022 como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Apoio do STF a Moraes
Três ministros do STF, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Flávio Dino, defenderam a atuação de Alexandre de Moraes. Barroso descreveu o episódio das mensagens como uma “tempestade fictícia”, afirmando que o conteúdo apenas mostra o acompanhamento de notícias e postagens para avaliar possíveis condutas criminosas no inquérito do STF, sem pedidos aleatórios. Gilmar destacou que o trabalho de Moraes no combate às fake news no TSE não se compara à Operação Lava Jato, pois não há combinações espúrias entre juiz e procurador.
Dino afirmou que os procedimentos foram legais. Durante a sessão, Moraes disse que as reportagens não o preocupam, que tudo foi oficializado nos autos e que, como presidente do TSE na época, determinava a produção dos relatórios.
Com informações de Metropoles