Mulheres são as principais vítimas dos ladrões, segundo uma comerciante. Criminosos têm preferência por celular, segundo mulher que já foi assaltada.
Usuários de ônibus que utilizam o Terminal Leste, antigo terminal de integração, na região do Cai N’Água, estão reclamando da falta de segurança no local e dizem que a ação de ladrões é comum, principalmente à noite. Conforme relatos de passageiros, com a falta de policiamento e iluminação no local os criminosos aproveitam para roubar os passageiros.
A trabalhadora de serviços gerais Lucélia Flores de Oliveira, de 39 anos, disse a repórteres do G1 que já foi vítima da ação de marginais no Cai N’Água, uma experiência que ela prefere não repetir.
“Foi aterrorizante. O bandido chegou com uma faca e ameaçou me matar caso não entregasse o celular”, relata.
Segundo ela, o criminoso chegou a encostar a faca no ombro dela. “Depois que pegou o telefone, o ladrão correu, mas umas pessoas que estavam aqui saíram atrás dele e recuperaram o aparelho”.
Ainda segundo Lucélia Flores, o suspeito estava de bicicleta e, na fuga, chegou a ameaçar as pessoas apontando a faca para elas, contudo, em menor número, ele acabou se desfazendo de celular e fugiu.
“O roubo aconteceu no período da tarde, há pouco mais de um mês”, lembra Lucélia.
A estudante de fisioterapia Amanda Castro, de 21 anos, diz que já presenciou um assalto dentro do terminal e que a ação foi filmada por uma amiga. Segundo ela, os bandidos costumam atacar quem anda com mochilas ou bolsas.
Com uma barraca montada dentro do perímetro do terminal de ônibus, a comerciante Maria Elize, de 18 anos, fala que já presenciou três assaltos em poucas semanas. “Uma jovem teve o aparelho celular roubado. O ladrão passou pela vítima, que estava distraída, arrancou o celular das mãos dela e correu”, conta.
Ao G1, Elizeconta que à noite não trabalha mais, pois o local tem iluminação precária e nenhuma segurança, tornando um ambiente propício à ação de criminosos.
“Além da insegurança, o terminal, que já não é mais de integração, é carente de banheiros. Os que têm estão depredados e inutilizáveis, o calçamento está esburacado, tanto que uma das pistas foi interditada devido ao número de buracos”, acentua a comerciante.
Outro lado
Sobre o policiamento no terminal, o comandante geral da Polícia Militar, Ênedy Dias de Araújo, disse ao G1 que o mesmo tem sido feito rotineiramente.
“O patrulhamento na região central de Porto Velho, incluindo o terminal, é feito diuturnamente por homens do 1º Batalhão da PM”.
Segundo ele, o índice de criminalidade na região não é alto. “Há uma ou duas ocorrências e as pessoas fazem um alarde, mas todos os casos são atendidos pela PM”, explicou.
Sobre a falta de iluminação, a Empresa de Desenvolvimento Urbano (Emdur) iluminou vários bairros da capital, incluindo o terminal do Cai N’Água, em maio.
Com relação a estrutura do terminal de ônibus, a assessoria do consórcio Sim, responsável pelo transporte público urbano em Porto Velho, explicou ao G1 que a responsabilidade de manutenção do local é da prefeitura. “Nossa obrigação é manter os coletivos transitando pelo local”, disse a assessoria por telefone.
O titular da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Semtran), Marden Ivan de Carvalho Negrão, explicou que a secretaria tem responsabilidade sobre o local e que um levantamento de zeladoria já foi feito para as melhorias no terminal.
“Isso inclui banheiro, hidráulica e fiação elétrica”, salientou, acrescentando que a iluminação da região é precária porque os fios são roubados sempre que são renovados.
Maden Negrão disse ainda que, em 160 dias,a Semtran terá em mãos o resultado de um estudo do Plano de Mobilidade que, dentre outras coisas, resultará na possível mudança de local do terminal de integração.
Via G1