Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra uma cena inusitada: passageiros comemorando ao receberam a notícia de que vão conseguir pousar em Porto Velho. A comoção acontece porque a fumaça que encobre a capital há semanas causou uma sequências de cancelamentos de voos que chegam e saem da cidade.
Um desses passageiros é o médico veterinário Marcelo Augusto. Ele estava há três dias “preso” em Brasília, tentando voltar para Porto Velho depois das férias em Maceió, mas teve três voos cancelados por causa da fumaça.
“A gente saiu de Maceió na quinta-feira e ia chegar aqui na quinta mesmo. Aí a gente chegou lá para embarcar, estava tudo confirmado o nosso voo para Porto Velho. Do nada, eles falaram: ‘devido às condições climáticas, o voo encontra-se cancelado’”, relembra.
A Gol, companhia aérea responsável pelo voo, encaminhou Marcelo e outros passageiros para um hotel e tentou remarcar a vigem. Foram duas tentativas falhas até que ele finalmente conseguisse decolar.
“Graças a Deus deu tudo certo, mas na hora que a gente estava pousando aqui [em Porto Velho], começou tanta fumaça que eu falei: ‘meu Deus, ele não vai pousar’. Eu me arrepiava de felicidade quando pousou. Ainda nem acredito que estou em casa!”, comenta.
Neste sábado (31), completaram cinco dias consecutivos que aviões não conseguiram pousar ou decolar em Rondônia por causa da fumaça que encobre o estado. Em duas semanas, cerca de 30 voos foram cancelados somente em Porto Velho, de acordo com a administração do aeroporto.
Neste sábado, a Latam decidiu embarcar os clientes em um ônibus com destino a Rio Branco, com a esperança que eles consigam decolar na capital acreana.
Nos últimos meses, Rondônia bateu recordes de queimadas: o número de focos registrados entre 1º de janeiro e 26 de agosto é o maior em cinco anos, além de representar um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 2.256 focos.
Via G1 / RO