Porto Velho, RO – O Brasil é mesmo um País onde a democracia serve muito mais para a prática do ilícito. A liberdade política, social e econômica, que deveria favorecer, ou garantir emprego, alimento, educação e saúde para todos, independentemente de sua posição política, econômica ou social favorece a poucos que têm muito e prejudica a muitos, que têm pouco.
Um exemplo, negativo, foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Suprema Corte em favorecer a corrupção, praticamente acabando com a Operação Lava-Jato, que levou muitos corruptos à prisão. Lamentável.
Em Rondônia, Estado em fase de crescimento e passando por momento importante na econômica regional, com a chegada em definitivo da soja e do milho, já produzidos em larga escala e de forma crescente a malandragem está presente. Rondônia é um dos Estados onde o preço da gasolina é um dos mais caros do país.
Em fevereiro era possível comprar o litro da gasolina em vários postos de Porto Velho a R$ 3,94, aditivada ou comum. De repente num final de semana, em menos de 48 horas o litro subiu para R$ 4,49, preço mínimo, pois em alguns postos o custo do mesmo litro era de R$ 4,78.
A prática da cartelização no segmento é explícita. Não é preciso ser um entendido em leis para saber que hoje, para se comprar um litro de gasolina em qualquer posto da capital paga-se acima de R$ 4,44.
O que mais preocupa é a passividade da população, que aceita a cartelização, uma ação ilegal, proibida, mas praticada abusivamente pelos proprietários de postos de combustíveis, certamente pressionados pelo sindicato da categoria. Até quando o povo continuará sendo explorado de forma ilegal tendo que pagar o do litro da gasolina a quase R$ 4,50? Onde está a livre concorrência?
A cartelização em Rondônia, especificamente em Porto Velho não é uma prática ilegal, nova. Há anos que os postos não fazem concorrência. A gasolina, assim como o diesel, que são oriundos da destilaria da Manaus, portanto o transporte é feito por balsas pelo rio Madeira, muito mais barato que o rodoviário como ocorre com o etanol que vem do Centro-Sul do País e tem custo maior. E a gasolina é vendida hoje, na capital a um preço médio de R$ 4,40 o litro.
Na sexta-feira (15) a empresa Atacadão, de Porto Velho, que inaugurou um posto de combustível na filial da capital em março de 2017 oferecendo combustíveis a preços inferiores aos demais da cidade promoveu competitividade. Na época e até recentemente o consumidor da capital comprava gasolina a preço menor, mas hoje, demonstra que também está na rede de cartelização.
Exemplo: na sexta-feira (15) o preço do litro da gasolina comum era de R$ 4,44. Hoje pela manhã já estava a R$ 4,47,9, ou seja, R$ 4,48. Por quê? Qual a variação que ocorreu no preço dos combustíveis nas estilarias?
As autoridades de Rondônia devem investigar a cartelização, uma ilegalidade que está sendo praticada no Estado, inclusive em Porto Velho, onde ela é mais escancarada. Ministério Público (MP), Procon devem entrar no circuito e punir a quem está metendo a mão no bolso do povo consumidor.
A Assembleia Legislativa (Ale) também deve se mobilizar e cobrar do governo do Estado uma fiscalização eficiente para punir os infratores que praticam a cartelização (é um acordo explícito ou implícito entre empresas concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor).
O povo consumidor não pode ser explorado economicamente como ocorre, hoje, no comércio de combustíveis no Estado. E clama por socorro às autoridades.
Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondoniadinamica