O terceiro envolvido na Operação Zagreu e que teve a prisão decretada pela Justiça de Rondônia é contra o organizador de eventos gospel, Rodrigo Mota de Jesus, que se auto intitula “Rodrigo Guerreiro”, em alusão ao nome de um grupo jovem de uma igreja evangélica. Rodrigo não foi localizado na cidade de Ouro Preto do Oeste, onde também é investigado pelo Ministério Público por esquemas envolvendo a Prefeitura da cidade e descobertos durante a Operação Baco, iniciada no ano passado. Essa Operação foi deflagrada em fevereiro de 2013 para apurar desvio de verbas públicas, por meio da realização de festividades promovidas pela empresa Rede Multimídia de Jornalismo, atual Rede Global, em vários municípios, especialmente o de Ouro Preto. Para concretizar o esquema criminoso, os envolvidos teriam praticado crimes como direcionamento e fraude em processos licitatórios, falsidade ideológica e formação de quadrilha, entre outros.
“Rodrigo Guerreiro” ainda não foi preso e será considerado foragido a partir da tarde desta segunda-feira. Além de buscas na Secel, empresas e residências dos investigados, a Assembleia Legislativa também foi alvo da Operação Zagreu.
A Operação Zagreu já prendeu dois envolvidos: o empresário José Joaquim dos Santos, o “Zezinho do Maria Fumaça” e seu funcionário, de nome Charles Henrique. Eles são investigados pelo Ministério Público, que constatou a existência de sólida e articulada associação criminosa instalada nos Poderes Executivo e Legislativo, com o propósito de desviar verbas do erário, mediante o direcionamento de emendas parlamentares para entidades do terceiro setor, utilizadas como laranjas, para a realização de supostos eventos festivos públicos. Há indícios da prática de vários crimes, notadamente, falsidade ideológica, peculato, advocacia administrativa, entre outros, contando com a efetiva participação de servidores públicos e empresários.