Porto Velho – Rondônia: Levantamentos do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), em Brasília, apontam que bancada religiosa, com pelo menos 74 deputados identificados até agora, entra com força para defender temas de seu interesse nesta legislatura.
A legalização do abordo é um dos temas que circulam pelos corredores da Câmara. Sobre o assunto, o deputado federal Lucio Mosquini (PMDB) não tem dúvida: é contra a legalização do aborto. Nesta semana, inclusive, o deputado aderiu à bancada Evangélica para impedir que o tema seja sequer levado à votação.
Durante a semana Lucio Mosquini tratou do assunto com os deputados federais pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) e pastor Irmão Lázaro (PSC-BA). Ambos também têm posicionamento ferrenho contra a legalização do aborto e integram a lista de parlamentares que se definem também como “Frente Parlamentar da Família e apoio a vida”.
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ser “radicalmente contra” a votação de qualquer projeto de legalização do aborto.
Em entrevista ao site do jornal “Estado de S.Paulo”, Cunha foi taxativo ao falar sobre o assunto: “Vai ter que passar por cima do meu cadáver para votar”. “Falam como se tivesse algo na pauta, e eu estivesse tirando da pauta, mas não existe isso. Não tem nenhum projeto (sobre o assunto)”, disse Cunha.
O deputado Mosquini afirma que é preciso valorizar a família e entende que a atual legislatura terá trabalho fundamental nesse papel. “Projetos polêmicos devem entrar em pauta, mas tenho certeza que a bancada Evangélica saberá analisar o que é melhor para a família”, frisa o parlamentar.