Através do sistema eletrônico do Superior Tribunal de Justiça (STJ),a reportagem confirmou que, há uma semana, um dos ministros da Corte determinou a soltura do vilhenense Willians Maciel Dias, cujo apelido é “Javali”, autor da pedrada que, no ano passado, matou na hora o caminhoneiro José Batistela. A vítima tinha 70 anos e morreu após ser atingido num trecho urbano da BR-364, durante paralisação da categoria em Rondônia.
O caso ganhou repercussão em todo o país, com cobertura da Globo e outros veículos de alcance nacional. O autor do crime, que tinha 32 anos na época do fato, foi preso dias depois do ocorrido. Ele já foi denunciado e, segundo decisão de primeira instância, será levado a júri popular, em data ainda não definida.
A defesa de Javali já havia impetrado pelo menos três habeas corpus, tanto na justiça local quanto no Tribunal de Rondônia, todos negados. O mesmo pedido foi feito ao STJ e o ministro Jorge Mussi, no entanto, ao constatar falhas processuais no caso, determinou a libertação do acusado, que estava sendo mantido no presídio Cone Sul. Atuaram na ação os criminalistas vilhenense José Francisco Cândido e José Antônio Correia.
Após o crime, sem renda, a esposa de Willians, que tem uma filha com o braço amputado, passou a trabalhar como diarista para sustentar a casa.
O caminhoneiro foi autorizado a aguardar em casa o julgamento, mas será monitorado por tornozeleira eletrônica.
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