Metade do Amapá seria Israel

A íntegra da coluna redigida por Professor Nazareno

O atual Estado de Israel foi criado em 1948. Tem pouco mais de vinte e dois mil quilômetros quadrados e uma população superior a nove milhões de pessoas. Judeus e árabes em sua grande maioria. Praticamente todos os cristãos já saíram de lá. Só que havia na região quase meio milhão de palestinos que ali moravam há mais de dois mil anos. Não deu outra: as guerras e os desentendimentos com os moradores locais começaram já no dia seguinte. Pelo menos quatro guerras entre Israel e os países árabes vizinhos foram verificadas em menos de 30 anos. Os dois povos nunca se entenderam e os combates, a carnificina, o colonialismo, o terrorismo e as agressões mútuas podem ser verificados quase todo dia, mês e ano naquele lugar que, ironicamente, tem o nome de “Terra Santa”. Só que tudo poderia ser diferente do que é. Israel poderia ter sido criado muito longe dali.

Após o Holocausto na Segunda Guerra Mundial, os judeus mereciam ter uma pátria só para eles. Poderia ter sido em Madagascar na África, na Sibéria ou mesmo em plena Amazônia brasileira. No Amapá, por exemplo. Em qualquer um desses lugares, todos semidesérticos na época, seria com certeza um país 4 vezes maior do que é hoje o Estado de Israel. Mas os judeus não quiseram. Queriam voltar para ali, no Oriente Médio. O lugar que “Deus apontou para Moisés” que seria o lar definitivo dos judeus. E aqui pra nós: esse Deus foi muito cruel, escroto e até sacana com os hebreus. Levou-os para um lugar onde não há petróleo e nem água potável. Só areia, calor e muito deserto. Se o Brasil tivesse vendido metade do Amapá para os judeus seria um louvor até hoje. Tanto para os raros amapaenses como para os judeus. Na foz do rio Amazonas há água doce em excesso.

E ali também não havia muitos habitantes. Apenas uma meia dúzia de índios “selvagens” que não iam fazer diferença nenhuma para ninguém. O Brasil mesmo já cometeu um Holocausto matando mais de seis milhões desses índios e ninguém nunca percebeu. Se percebeu não deu a menor importância. Israel tirava de letra conviver com esses selvagens. Além do mais, ficava bem mais próximo dos Estados Unidos e bem ali em frente ao oceano Atlântico. Os judeus iriam desenvolver aquela região inóspita e seriam hoje uma das maiores potências econômicas do mundo. Só metade do Amapá não faria falta nenhuma ao Brasil. Assim como não fariam falta, e nem fazem ainda hoje, lugares atrasados como Rondônia, Acre, Roraima e algumas das outras inúteis unidades da federação, que só dão prejuízos. Aliás, o Acre foi trocado com a Bolívia por um cavalo.

Duvido que se Israel fosse ali vizinho ao Amapá se haveria tantas guerras. O novo país não precisaria ter Força Aérea, Marinha e nem Exército como tem hoje. Terrorismo seria inexistente. E ninguém iria querer “afogar o último judeu no mar” e nem “incendiar metade do Estado judeu”. O muçulmano mais próximo estaria muito distante dali. E como fazemos alguns de nós cristãos, todos os anos os judeus iriam à “Terra Santa” visitar os seus lugares sagrados. Com a venda de metade do Amapá, o Brasil poderia ter investido em outras regiões do país e garantiria dessa forma uma paz definitiva para as três maiores religiões monoteístas da atualidade. Israel gasta hoje horrores para dessalinizar água do mar e para produzir alimentos no deserto. No Amapá, não precisaria de nada disto. Mas hoje é impossível tirar Israel de onde ele está. E também não é viável dividir o Amapá em dois. E Moisés, Maomé e Cristo deveriam mediar brigas entre irmãos. Chega de guerras!

Por professor Nazareno, foi professor em Porto Velho

AcreAmazonasAmazôniaEstados UnidosimportânciaPorto Velho
Comments (0)
Add Comment