Uma mancha de fogo com mais de 500 km de extensão está devastando o sul da Amazônia. O mapa de concentração de monóxido de carbono, divulgado às 11 horas da quarta-feira (28/8), revelou uma vasta área de incêndio que atinge a Bolívia e os estados brasileiros de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
De acordo com Humberto Barbosa, coordenador do Lapis (Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite) da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), “o sul da Amazônia está pegando fogo, literalmente”. Essa informação é alarmante e reforça a gravidade da situação ambiental na região.
A imagem foi capturada pelo satélite Copernicus, que destacou que o incêndio se estende por 500 km de altura no mapa e 400 km de largura. Esse cenário catastrófico traz consequências não apenas para a biodiversidade local, mas também para todo o planeta, devido à importância da Amazônia como pulmão do mundo.
A previsão é de que a situação piore nos próximos dias. “Hoje há um jato de ar de baixos níveis descendo a Cordilheira dos Andes. A perspectiva é que, nos próximos dias, isso aumente, assim como a temperatura só vai aumentar para além da média dessa época do ano”, explicou Humberto Barbosa.
De acordo com o Programa de Queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), somente no mês de agosto de 2024, a Amazônia registrou 28.697 focos de calor. Esse número representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores, destacando uma tendência preocupante de aumento dos incêndios na região.
Estatísticas mais amplas revelam um panorama desolador. Até a terça-feira (27/8), foram registrados 53.976 focos de incêndio no Brasil, tornando este agosto o mais devastador desde 2010, quando foram contabilizados 90.444 focos de fogo. A situação exige atenção urgente das autoridades e da sociedade.
Fonte: Terra Brasil Notícias