O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar, nesta segunda-feira (17/8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o envio da reforma administrativa ao Congresso. O parlamentar afirmou que a proposta não vai perseguir os seguidores públicos, mas buscar a modernização do Estado.
“A reforma administrativa que nós queremos não vai perseguir os servidores, cortar o salário, não é isso. Queremos olhar o serviço público nos próximos 10 anos, com melhor qualidade, com modernização, menos burocracia e que possamos atender nas áreas fundamentais — saúde, educação e segurança —, que a gente possa atender melhor o cidadão”, declarou Maia, em entrevista ao “Jornal da Tropical”, da TV Tropical RN/Record TV.
Segundo o presidente da Câmara, a ideia da reforma é modernizar a administração pública. “Uma reforma administrativa, com um olhar para os novos servidores e para essa nova administração pública, ela não vai enfrentar os atuais, mas vai gerar melhores condições, onde o mérito tem importância, a melhoria na qualidade da educação possa gerar resultado. Queremos valorizar o servidor. A gente sabe que a sociedade reclama muito do serviço público dos Três Poderes”, disse.
Maia destacou que as duas grandes despesas do governo federal são Previdência e administração pública. “Se a gente não controlar essas despesas e não melhorar qualidade da administração pública, vamos ter um Estado daqui a alguns anos que vai apenas pagar salário e aposentadoria. Não é isso que a gente quer, queremos um Estado que valorize o servidor público, sobretudo aquele que está na ponta — como professor, médico, policial —, mas que eles tenham condições de atender melhor o cidadão”, defendeu.
Engavetada há mais de um ano no governo, a medida sofre resistência dos servidores públicos. Nos bastidores, comenta-se que o presidente Jair Bolsonaro tem segurado a proposta com receio de perder apoio. “Vamos continuar torcendo e trabalhando para o governo entender que não queremos desgastar ou prejudicar o governo. Muito pelo contrário, entendemos que essas reformas fortalecem o governo”, afirmou Maia.
Metrópoles